A Xerox, que vinha num processo lento de recuperação das perdas sofridas no ano passado, registrou um resultado decepcionante no terceiro trimestre e anunciou que irá cortar cerca de 5% do quadro de funcionários para reduzir custos, o que deve afetar cerca de 3 mil empregados em todo o mundo. Em razão disso, a empresa já prevê para o balanço do próximo trimestre um encargo de US$ 400 milhões.
Como as demais empresas do setor, a fabricante justifica as medidas como resultado da crise financeira mundial e a desaceleração das vendas no trimestre, em especial de equipamentos de impressão para escritório mais caros.
Embora a receita total tenha crescido 2%, para US$ 4,4 bilhões no trimestre, o lucro líquido da companhia foi de US$ 258 milhões, ou um ganho de US$ 0,29 por ação, ante US$ 254 milhões, ou US$ 0,27 por ação, no ano passado. A margem bruta diminuiu de 40,1% para 39,2%.
Os analistas observam que mesmo com um ligeiro aumento, a receita se manteve praticamente inalterada devido ao dólar fraco. Além disso, ressaltam que a Xerox tem mais de 70% da sua receita proveniente do pós-venda, que aumentou em 3%, enquanto as vendas de equipamentos diminuíram também 3% no trimestre.
No trimestre, a Xerox gerou um fluxo de caixa operacional da ordem de US$ 260 milhões e um acumulado de US$ 754 milhões até o momento, fechou o período com US$ 873 milhões em dinheiro e recebíveis.
"Nossos resultados no trimestre demonstram o valor de nosso modelo de negócios, capaz de realizar um sólido fluxo de caixa e uma rentável base de anuidade", observou Anne Mulcahy, presidente e CEO da Xerox. E acrescentou: "Para melhor alinhar nossas operações com essas mudanças, estamos acelerando ações para reduzir os nossos custos operacionais e melhorar toda a operação", disse em uma declaração.