Em comunicado divulgado na segunda-feira, 23, a Gemalto informou que prossegue com suas investigações sobre o possível hackeamento de sua base de dados com chaves de criptografia de SIMcards pela Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) e a sua equivalente britânica, a GCHQ. A violação foi revelada por novos documentos recentemente vazados pelo ex-prestador de serviços da NSA, Edward Snowden.
A companhia diz na nota que irá divulgar os resultados das investigações na quarta-feira, 25, seguida de um comunicado e uma coletiva de imprensa que será realizada em Paris. Os detalhes da investigação estarão disponíveis no site da Gemalto.
A Gemalto também diz no comunicado que está disponibilizando todosos recursos necessários para investigar e compreender o alcance de tais práticas. As conclusões iniciais indicam que os SIMcards (bem como cartões de banco, passaportes e outros produtos e plataformas) estão seguros e que não espera ter de arcar um prejuízo financeiro significativo.
Segundo reportagem do site Intercept, veiculada na quinta-feira passada, 19, a violação das chaves de criptografia de SIMcards permitiu às agências monitorar secretamente uma grande parcela de comunicações em celulares em todo o mundo, sem a aprovação ou o conhecimento de operadoras de telecomunicações e dos governos, e muito menos dos usuários.
A Gemalto produz 2 bilhões de SIMcards por ano para clientes como AT&T, Sprint, T-Mobile e Verizon. A empresa, com sede na Holanda, opera em 85 países ao redor do mundo, inclusive no Brasil, e fornece cartões para cerca de 450 operadoras de rede sem fio no mundo todo.