Receita da indústria de informática no ano deve ficar igual a de 2008

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O faturamento do setor de informático do Brasil recuou 7% no primeiro semestre na comparação com igual período de 2008, resultado que foi amenizado pelo alta de 2% na receita no segundo trimestre, único a atingir taxa de crescimento no período, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Para o ano, a Abinee estima que o faturamento atingirá R$ 35,2 milhões, mantendo-se no mesmo patamar de 2008. Para atingir essa meta, a entidade projeta que a indústria de brasileira de PCs venderá algo próximo ou igual aos 12 milhões de unidades comercializados no ano passado.
No entanto, para chegar a esse resultado as vendas de PCs terão de superar neste semestre, mesmo em meio à crise, o resultado registrados no mesmo período de 2008. Isso porque até o fim do primeiro semestre foram vendidos 4,86 milhões de PCs, o que representa uma queda de 14,4% ante os 5,68 milhões comercializados nos primeiros seis meses de 2008. Assim, a indústria de PCs terá de comercializar cerca de 7,2 milhões de PCs neste semestre, o que, se confirmado, representará alta de 20% ante os 6 milhões de unidades vendidos nos últimos seis meses de 2008.
"Mantemos uma expectativa otimista e já estamos percebendo uma recuperação das vendas. Acreditamos que teremos um segundo semestre sensacional em relação às vendas de PCs, o qual deve ser puxado principalmente pelo quarto trimestre. Projetamos que atingiremos o mesmo nível de vendas de 2008, ou algo próximo a isso", afirmou Antonio Hugo Valério, diretor do setor de informática da Abinee.
O executivo cita como um dos fatores que levou as projeções otimistas a recuperação dos níveis de estoque dos varejistas. Segundo Valério, somente no meio do segundo trimestre que as varejistas conseguiram normalizar seus níveis de estoques, o que deve se refletir no maior volume de encomendas de PCs à indústria durante os próximos trimestres.
A base de PCs vendida no primeiro semestre deste ano foi divida em 68% para desktops e 32% para notebooks, incluindo os netbooks. Entre janeiro e junho, foram vendidos 3,3 milhões de desktops, baixa de 15,8% na comparação anual. Já as vendas de notebooks totalizaram 1,56 milhões de máquinas, queda de 11,3%.
No segundo trimestre, foram vendidas 2,65 milhões de PCs, declínio de 17% frente ao mesmo período de 2008, quando o número foi de 3,17 milhões. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, porém, quando foram comercializados 2,21 milhões de PCs, o resultado do período teve aumento de 20%.
Em relação ao faturamento de toda a indústria eletroeletrônica brasileira, a previsão da Abinee é que haja um decréscimo de, ao menos, 5% na receita, atingindo R$ 216,9 milhões, apesar de oficialmente divulgar projeção de queda de 2% para a receita do setor. "Prevemos oficialmente queda de 2%, mas pelas sondagens que fizemos com as empresas vinculadas à associação, sentimos que dificilmente o setor eletroeletrônico nacional apresente uma queda inferior a 5% neste ano", afirmou o presidente da Abinee, Humberto Barbato.

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