O Irã bloqueou no domingo, 23, o acesso ao Google e ao Gmail em uma reação contra o filme anti-islâmico Innocence of Muslims (Inocência dos Muçulmanos, em tradução livre), que está desencadeando protestos por todo o mundo mulçumano. De acordo com o jornal britânico The Guardian, o encarregado da censura, Abdolsamad Khoramabadi, disse que tanto o conteúdo do Google quanto do Gmail está sendo filtrado até novo aviso, já que o site de compartilhamento de vídeos YouTube se recusou a tirar o filme da web.
O filtro coincide com os planos do governo iraniano de colocar em funcionamento de uma intranet nacional até 2013 distinta da rede mundial, conforme anunciado no início de agosto. O regime iraniano acusa os países ocidentais de usar a internet para travar uma "guerra não declarada" a fim de desestabilizá-lo e as autoridades anunciaram que uma "internet iraniana", oficialmente mais rápida e segura, substituíra os servidores e buscadores estrangeiros.
O vice-ministro das comunicações e da tecnologia do país, Ali Hakim-Javadi, disse que nos últimos dias, todas as agências e escritórios governamentais já foram ligados à rede nacional de informação.