As vendas de tablets no Brasil registraram expansão de 275% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2011, totalizando 606 mil unidades comercializadas, de acordo com dados da IDC. A previsão da consultoria é que o número chegue à marca de 2,6 milhões de equipamentos até o fim do ano. Em 2013, as vendas devem alcançar 5,4 milhões de tablets.
No ranking mundial, o Brasil saltou da 17ª posição, que ocupava no segundo trimestre de 2011, para a 11ª no mesmo período deste ano. Na comparação de desempenho dentre os países que compõem o Bric (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil ficou na terceira colocação, à frente apenas da Índia.
De acordo com a IDC, atualmente, metade dos tablets vendidos tem tela de 7 polegadas, sendo que apenas 20% deles possuem a conectividade 3G embarcada. “Na hora da compra, a sensibilidade de preço do consumidor brasileiro é o principal responsável pelo aumento das vendas nos tablets com tamanhos de tela menores e sem a conectividade 3G. Em tablets mais baratos, o adicional do 3G é mais perceptível ao consumidor que acaba optando pelo dispositivo apenas com Wi-Fi.” declara o analista da IDC, Attila Belavary.
“Apesar da desaceleração da economia ter afetado o mercado de PCs, os tablets mantiveram o ritmo acelerado de crescimento. O número recorde foi impulsionado pela grande quantidade de dispositivos introduzidos no mercado com preços inferiores a R$1 mil. O sucesso da categoria atraiu novos fabricantes, principalmente originários da China e com uma especificação técnica limitada”, diz Belavary.
A IDC avalia, contudo, que ainda existe e continuará existindo um mercado em potencial para os mais diversos tipos de dispositivos, sejam eles os desktops ou notebooks. Na comparação, hoje são vendidos no Brasil cinco tablets, 11 desktops e 17 notebooks por minuto. "As pessoas continuam comprando e utilizando computadores junto de outros dispositivos complementares. Os tablets são a preferência para tarefas voltadas ao consumo de conteúdo, como navegação na internet ou acesso a vídeos, livros e músicas. Cada produto é melhor para uma determinada função e o usuário dividirá o seu tempo de utilização entre todos eles. O maior impacto será na extensão do tempo de vida dos computadores, que serão menos utilizados para tarefas de consumo e mais utilizados em tarefas para criação de conteúdo dentro do seu ambiente de produtividade" finaliza o analista da IDC.