Com previsão de nova queda na receita do Yahoo neste ano, CEO volta a ser pressionada

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Nos dois últimos anos, a receita do Yahoo caiu de US$ 4,5 bilhões para US$ 4,4 bilhões. E a previsão é que neste ano ela recue ainda mais. Esta, entre outras, tem sido uma razões para a intensificação das críticas à gestão de Marissa Mayer nos últimos meses. Muitos acionistas dizem que o Yahoo, após quase três anos sob o comando da executiva, ainda não tem um sentido claro de direção. Alguns chegam até mesmo a dizer que ela tem enganado os investidores e anunciantes sobre o progresso da empresa.

A CEO tem dito repetidamente que a retomada do crescimento do Yahoo levará vários anos. Mas, a saída de dezenas de executivos, tidos como fundamentais para plano de recuperação da empresa, e a informação vinda à tona de que Mayer teria convocado uma reunião com executivos seniores em agosto e pedido para assinassem um documento se comprometendo a permanecer na empresa por pelo menos mais três anos, jogou mais lenha na fogueira. A informação foi dada por duas pessoas familiarizadas com o assunto ao The Wall Street Journal.

Em janeiro, Mayer espera concluir o spinoff (cisão) da participação de 15% que detém no portal chinês Alibaba, mesmo sem um parecer favorável do Internal Revenue Service (IRS) — a Receita Federal dos EUA — para que a transação seja livre do pagamento de impostos. O negócio é avaliado em cerca de US$ 24 bilhões.

As incursões do Yahoo, sob a gestão de Mayer, em software móvel, vídeo online e ferramenta de buscas têm custado à empresa centenas de milhões de dólares, mas não resultou em um crescimento significativo no número de usuários ou na geração de receita. Em 2013, por exemplo, o Yahoo adquiriu o Tumblr por US$ 1,1 bilhão, e, na ocasião, Mayer disse que a adição de 300 milhões de usuários do site de blogging iria fazer o Yahoo atingir a marca de 1 bilhão de usuários, o que só se concretizou um ano depois e devido a uma nova metodologia para rastrear usuários, que usa uma métrica diferente, mas que não foi divulgada.

No mês passado, Mayer disse que a empresa iria adotar outra estratégia para "redefinir" o foco da empresa, sem fornecer mais detalhes. Recentemente, ela contratou um consultor de gestão da McKinsey para analisar áreas da empresa passíveis cortes, disse uma pessoa familiarizada com o assunto ao jornal americano.

Para piorar, na semana passada, o fundo de hedge Starboard Value LP, um dos investidores ativistas com ações do Yahoo, que vem fazendo lobby junto aos acionistas para que a empresa a interrompa o spinoff da participação no Alibaba, justamente por não ter obtido aprovação do IRS para o não pagamento de impostos.

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