Pelo menos 77% dos líderes entrevistados pela KPMG disseram que o programa de gerenciamento de risco de terceiros é uma prioridade estratégica para os negócios. Além disso, seis em cada dez deles afirmaram que os riscos mais graves para a reputação da organização vêm do fracasso de terceiros no cumprimento de metas. Já cerca de 60% apontaram que as empresas que lideram foram recentemente sujeitas a sanções e observações regulatórias em relação a esse programa. O estudo ouviu 1.100 executivos de 14 países, incluindo o Brasil, e de seis setores (automotivo, energia, serviços financeiros, manufatura, farmacêutico e varejo).
De acordo com o levantamento, os entrevistados indicaram que o grande volume de atividades de avaliação de terceiros aumentou nos últimos anos em todos os setores. Em contrapartida, apontou que 74% deles admitem que as organizações precisam urgentemente tornar o programa mais consistente em toda a empresa. Já sobre os principais riscos monitorados como parte da atividade de gerenciamento de terceiros indicados pelos entrevistados estão o operacional e o financeiro (ambos com 60%), tecnologia (57%) e privacidade (54%).
"Esses dados destacam o quão dependente a maioria das empresas está em relação aos terceiros para fornecer produtos e serviços essenciais. Além disso, os eventos globais e as incertezas econômicas enfatizaram que os terceiros são necessários para as operações comerciais. Ao mesmo tempo, a crescente pressão regulatória – especialmente em relação a violações de privacidade e perda de dados do cliente ou à resiliência operacional – está colocando os relacionamentos com terceiros em análise", analisa o sócio da KPMG, Emerson Mello.
Importância da tecnologia no monitoramento de terceiros:
Ainda de acordo com o estudo, os dados de governança, privacidade e o risco cibernético são o motor mais importante da atividade de terceiros em todos os setores, mas apenas 54% dos entrevistados disseram que priorizam esses aspectos.
Quando questionados sobre os motivadores mais importantes da atividade de gerenciamento de terceiro, os três mais citados foram apoio a transformação do negócio (40%), governança de dados e privacidade (39%) e proteção da marca e reputação (36%).
Já sobre as iniciativas em que a equipe estará concentrando mais tempo e energia nos próximos 12 meses, foram elencadas como prioridades as seguintes: adoção de novas tecnologias (39%), automatização de processos (33%) e padronização de processos em toda empresa (32%).
"As organizações dependem cada vez mais de fornecedores terceirizados para oferecer produtos e serviços essenciais aos clientes. Elas também estão descobrindo que falhas de terceiros podem manchar rapidamente reputações e ter implicações operacionais e de custos significativas. À medida que as organizações tratam das preocupações em torno dessas questões, fica evidente que elas precisam de uma estratégia clara para a seleção, aprovação e gerenciamento de terceiros com a ajuda da tecnologia", analisa o sócio.
[…] FONTE: TI INSIDE […]