Consolidação da Nokia e ALU na América Latina não deve ter complicações, mas economia preocupa

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O processo de integração da Nokia com a Alcatel Lucent será relativamente simples e sem dificuldades, explica Dimitri Diliani, principal executivo da Nokia para a América Latina. Segundo ele, as duas empresas tinham pouquíssima sobreposição de portfólio na região, e nos casos em que isso acontece já está sendo feito um trabalho junto aos clientes para que essa mudança se dê de forma combinada. "Na verdade, na América Latina tivemos uma grande complementação, pois a Nokia não tinha acesso ao mercado de cabo, banda larga fixa e IP e agora passa a ter", diz o executivo, em entrevista durante o Mobile World Congress, que aconteceu esta semana em Barcelona.

A Nokia já está apresentando em Barcelona uma primeira solução combinando acesso Gfast (herdado da ALU) com LTE, menos de dois meses depois de consagrada a fusão. Isso foi possível porque as duas companhias já tinham algum nível de cooperação técnica.

Segundo Diliani, no próximo ano a empresa deve começar a oferecer alguns equipamentos 5G comercialmente, mas ainda pré-padronização, e também deve haver uma ampliação do portfólio que utilize as tecnologias fixas e móveis.

Ele reconhece que o momento da região é desafiados por conta da desvalorização das moedas locais, dos níveis elevados de inflação e da retração econômica. "Mas os serviços continuam crescendo, o que significa que a demanda por infraestrrutura continua. O que é preciso é haver uma estabilização econômica".

Ele não detalha o tamanho dos negócios na América Latina, mas ressalta que é uma região importante e por essa razão está separada de todo o resto. Ao todo, a Nokia se tornou uma empresa de US$ 25 bilhões com a Alcatel Lucent, 140 mil funcionários, 4,5 bilhões de euros investidos anualmente em pesquisa e posição de liderança ou vice-liderança nos mercados de LTE, IP, banda larga fixa, redes ópticas e quantidade de usuários conectados a suas tecnologias.

1 COMENTÁRIO

  1. Ciente de que grandes reestruturações são necessárias quando grandes empresas passam a ser uma… óbvio que os cortes fariam parte deste processo. Não existe uma estratégia sem planejamento e quem achou que as mudanças demorariam não conhecem nada sobre a velocidade da informação. O que realmente esperamos é que a empresa "versus" gestores realmente sejam fiéis as realocações antes de novas contratações e que as pessoas tenham oportunidade de participar de forma mais aberta a todo esse processo. Eu particularmente fico satisfeita em ler esse tipo de notícia pois gosto de objetividade e acho que isso era o que faltava. Isso é o que falta em muitas áreas… objetividade e foco na estratégia.

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