O Brasil fechou 2014 com praticamente a mesma velocidade média de internet do terceiro trimestre do ano e com sua posição no ranking de banda larga inalterado, de acordo com levantamento da empresa norte-americana Akamai, divulgado nesta quarta-feira, 25. A conexão fixa evoluiu de 2,9 Mbps (megabits por segundo) para 3 Mbps, segundo o estudo, denominado "State of the Internet". O resultado fez com que o país se mantivesse na 89º colocação entre 136 países analisados, a mesma em que estava no segundo trimestre de 2014.
No ranking do continente americano, o Brasil está atrás da Colômbia, Equador, Peru, México, Argentina, Chile, Uruguai, Canadá e Estados Unidos. África do Sul (3,2 Mbps), Portugal (8 Mbps) e Suécia (14,6 Mbps) também estão à frente do Brasil.
Na lista de países com maior velocidade média de internet, o destaque continua sendo a Coreia do Sul com 22,2 Mbps. O estudo ainda indica que essa velocidade não é puxada necessariamente por grandes conexões. Segundo o levantamento, 79% dos acessos à rede são feitos em links com velocidade superior a 10 Mbps.
Situação parecida ocorre com Hong Kong, que ocupa a segunda posição no ranking de velocidade média. O território chinês tem velocidade de download médio de 16,8 Mbps e 60% dos acessos são em links acima de 10 Mbps.
Taxa de adoção
Quando avaliada a taxa de adoção da banda larga global, houve uma ligeira diminuição no quarto trimestre, perdendo 0,7%, com 59% de adoção. Cento e quatro países/regiões se qualificaram para inclusão nessa métrica, 76 dos quais com crescimento trimestral em termos de taxa de adoção da banda larga.
A Bulgária foi o país que teve o mais alto nível de adoção de banda larga no quarto trimestre, com 96%, superando por pouco a líder do último trimestre Coreia do Sul, que experimentou um declínio de 0,1% em sua taxa de adoção. Trimestre a trimestre os aumentos variaram de 0,2% na Suíça (93% adopção) a 186% no Nepal (17% de adoção).
A taxa de adoção de banda larga mundial aumentou 7,8% em relação ao quarto trimestre de 2013, mas foi mais lenta do que os 12% registrados no trimestre anterior, dando sequência a tendência de queda das taxas de crescimento anuais que tem sido observada ao longo dos últimos trimestres.
Migração IPv4 para IPv6
No quarto trimestre de 2014 havia cerca de 803 milhões de endereços IPv4 únicos, entre os 239 países/regiões únicos, ligados à plataforma da Akamai. Isso é 1,5% maior que o verificado no terceiro trimestre e 2,5% a mais do que no mesmo trimestre do ano anterioor.
O número de endereços IPv4 únicos globalmente catalogados pela Akamai cresceu cerca de 12 milhões trimestre a trimestre. Entre os dez principais na contagem de IPs únicos, os EUA foram o único que registram queda de 3,4% em relação ao trimestre anterior. O Reino Unido e a Coreia do Sul foram os países que apresentaram os maiores ganhos, em 8,1% e 6,6%, respectivamente. Setenta por cento dos países/regiões em todo o mundo ainda têm um número de endereços IPv4 únicos maior que o IPv6. Ao todo, 27 países registaram taxas de crescimento anuais acima de 50%, ao passo que três países viram contagens de endereços IPv4 diminuir mais de 50%.
A Noruega foi o país que teve o maior salto, de 88%, na comparação trimestre a trimestre, no tráfego de IPv6, embora a Bélgica permaneça na liderança com 32% das solicitações de conteúdo feitas sobre IPv6, mais do que o dobro do segundo colocado, a Alemanha.