Cerca de 60 milhões de pessoas ao redor do mundo fazem uso de serviços financeiros via celular. A estimativa, que não contabiliza os mercados da China e do Japão, é de Gavin Krugel, diretor da GSM Associaton e palestrante de abertura do seminário Mobile Money, realizado nesta terça-feira, 25, no Rio de Janeiro. Segundo o executivo, há hoje 147 projetos de serviços financeiros móveis em andamento no mundo, dos quais 65 já operam comercialmente. Até o fim do ano, ele estima que a quantidade de projetos lançados supere uma centena.
Os cases de maior sucesso até o momento se concentram em países emergentes, principalmente na África e na Ásia, onde há baixa bancarização e enorme demanda por facilidades financeiras, como envio e recebimento de dinheiro. A Smart, nas Filipinas, por exemplo, já tem 8,5 milhões de clientes em seu serviço Smart Money, que engloba transferência financeira P2P (peer to peer), mobile commerce e pagamento de contas via celular. A Safaricom, no Quênia, tem mais de 10 milhões de clientes do m-Pesa, serviço de transferência P2P considerado referência internacional. A MTN, em Uganda, conquistou 1 milhão de usuários de serviço similar em apenas 13 meses após o lançamento.
Baseado no sucesso desses cases, Krugel entende que o melhor caminho seja mesmo começar pelo serviço de transferência de dinheiro entre usuários. Ainda de acordo com o executivo, é importante ter um banco como parceiro. Segundo ele, em todos os 147 projetos mapeados pela GSMA há sempre um banco envolvido.
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