Duas cidades de SP e a capital João Pessoa se destacam no Ranking das Cidades Amigas da Internet

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São José dos Campos, Santo André e João Pessoa foram os destaques da edição 2020 do Ranking Das Cidades Amigas da Internet e de Serviços Inteligentes, feito pelo SindiTelebrasil, com o Teleco. São José dos Campos (SP) se sagrou bicampeã como cidade Amiga da Internet, João Pessoa, na Paraíba, foi a capital de maior destaque e Santo André (SP) venceu o ranking dos Serviços Inteligentes. As cidades receberam os prêmios em evento online promovido pelo SindiTelebrasil e pela Abrintel, nesta terça-feira, 25.

Ao abrir o evento, o presidente-executivo do SindiTelebrasil, Marcos Ferrari, ressaltou a relevância de fomentar a conectividade. "Telecomunicações se provou essencial na pandemia e terá papel central na reconstrução da economia", pontuou ao parabenizar as cidades campeãs do ranking pelas ações de redução de burocracia e de modernização de regras para a implantação de infraestrutura.

Bicampeã no ranking das Cidades Amigas da Internet, São José dos Campos, em São Paulo, aposta na tecnologia para ser tornar uma cidade inteligente, afirmou o prefeito Felicio Ramuth. Ele diz que o prêmio é um reconhecimento ao trabalho do município, mas pediu mudanças nos marcos legais, que dificultam o trabalho do gestor público. "Aqui estamos inovando na contratação como serviço, mas a primeira barreira é legal e jurídica. Outra é o financiamento. Os governos precisam ter um novo olhar para contratar tecnologia", reforçou.

Para Paulo Serra, prefeito de Santo André, São Paulo, o prêmio mostra que a cidade evoluiu para se tornar uma cidade inteligente, uma vez que o município saiu das últimas posições para a liderança na oferta de serviços inteligentes. "Essa evolução mostra como planejamento, dedicação e empenho dá resultado. A gente conseguiu evoluir de maneira significativa. E a conectividade é fundamental. Não adianta ter ferramentas se a cidade não se fala", afirmou.

Ao representar o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, o assessor especial, Adenilson Ferreira, comemorou a boa performance da capital paraibana – considerada a de melhor evolução no ranking 2020. Segundo Ferreira, o resultado é fruto de ações para tornar a cidade mais atrativa para os investimentos. "Nós fizemos uma lei para melhor operacionalização dos alvarás para o funcionamento das antenas. Os investimentos em tecnologia e telecomunicações são primordiais", ressaltou.

Investimentos

O secretário substituto de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Artur Coimbra, disse que existem R$ 3 bilhões de investimentos represados se a Lei das Antenas, aprovada em 2015, fosse cumprida por todos os municípios brasileiros. "Acreditamos muito que a regulamentação, que virá em breve e está em ajustes finais, vai ajudar muito. Vamos no Decreto tratar da dispensa de licenciamento para antenas de pequeno porte, já prevista na Lei de Antenas, mas que será ratificada. Isso vai resolver 90% dos casos voltados para o 5G", revelou.

Responsável pela elaboração do Ranking das Cidades Amigas da Internet e dos Serviços Inteligente, Eduardo Tude, presidente do Teleco, diz que o primeiro passo para uma cidade ser amiga da internet é adequar sua legislação à Lei Geral das Antenas. "As melhores colocadas no ranking foram àquelas que mudaram, adotaram um prazo abaixo de quatro meses para o licenciamento e entenderam que conectividade é estratégico para o avanço da cidade. As piores colocadas foram os municípios que mais restrições impuseram ao avanço da digitalização", frisou.

O Ranking das Cidades Amigas da Internet destaca entre os 100 maiores municípios brasileiros aqueles que oferecem um ambiente adequado à instalação de infraestrutura de redes de telecomunicações (antenas e fibra óptica). Já o Ranking de Serviços das Cidades Inteligentes tem como objetivo identificar os municípios brasileiros com maior oferta de serviços inteligentes para o cidadão.

Esta é a quinta edição dos rankings, que têm mostrado avanços importantes de algumas cidades que já alteraram sua lei municipal ou já promoveram mudanças nos processos de licenciamento. Por outro lado, o estudo revela que ainda há muitos municípios com leis desatualizadas e que demoram mais de um ano para licenciar a instalação de antenas, dificultando o avanço da conectividade, que é a base do desenvolvimento da economia das cidades e do bem-estar de seus cidadãos. Para ter acesso completo aos dados, clique aqui

 

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