A contratação de serviços gerenciados de segurança pelo Tribunal de Justiça de São Paulo enfrentou resistências da maioria dos juízes, muitos dos quais sequer usam celulares ou computador, e envolveu um exaustivo trabalho de conscientização dos usuários, além de um cenário de extrema complexidade, como são os ritos processuais. Agora, um ano depois da implantação, o TJSP pode exibir um feito que está sendo dividido com outros tribunais do país: a política de gestão de segurança proporcionou alta disponibilidade dos sistemas de informação, gerenciamento rigoroso de incidentes, análise de riscos, economia no uso de links de telecomunicações e maior produtividade dos funcionários.
"Hoje, conseguimos ter um alinhamento total das ações do tribunal com a política de segurança de informação", explicou o juiz Cláudio Pedrassi, assessor da presidência do TJSP para a área de informática, durante o 1º Seminário de Serviços Gerenciados de TI e Telecom, realizado nesta quinta-feira, 25, pela revista TI INSIDE e organizado pela Converge Comunicações.
Segundo ele, a contratação de serviços gerenciados de segurança, que tem como provedor a empresa Arcon, é um dos vários projetos em desenvolvimento no tribunal, e faz parte de um amplo movimento de reestruturação e modernização do judiciário paulista.
Não foi uma tarefa fácil, assinala ele, principalmente em se tratando de 97 tribunais, envolvendo todos os tipos de justiça (trabalhista, civil etc.), responsável por 49% dos processos em tramitação no país. A nova estrutura de TI implantada no TJSP, segundo Pedrassi, suporta atualmente 17 milhões de processos, a atuação de 2,4 mil magistrados, 45 mil funcionários, 700 prédios interligados em rede, 250 funcionários de TI. "Foi um vigoroso choque de gestão que tivemos que aplicar", diz o juiz.
