E enfim, começou. No mês passado começamos a ser impactados por mídia dentro do Instagram, que já se consolidou como favorita entre os usuários das redes sociais, e comprova os dados de diversos estudos que dizem que a nossa atenção na internet móvel é de no máximo 7 segundos.
Claro que a propaganda patrocinada (como o instagram gosta de chamar essa mídia) ainda está em fase de "maturação" e os executivos da empresa não disponibilizaram ainda dados mais efetivos da campanha inicial nos EUA, como o ROI ou o número de usuários da rede que gostaram ou rejeitaram a nova ação.
O que sabemos é que muitos internautas não aceitaram este tipo de atividade dentro dos seus perfis no Instagram, denunciando a publicação. Entretanto, quando a publicidade patrocinada também foi adotada pelo Facebook houve a mesma insatisfação, porém a poeira baixou e a propaganda continua lá, sendo que cada vez mais e mais empresas percebem a importância em investir em publicidade nas mídias sociais, ou seja, o mesmo tende a acontecer com a queridinha da Internet móvel.
O que os executivos do Instagram nos dizem é que os anúncios poderão aparecer em fotos ou vídeos no feed dos usuários, claro que a ideia é ganhar dinheiro com essa rede gratuita que há pouco foi comprada pelo Facebook, e consequentemente, maximizar os lucros. Acredito no potencial do mercado e me arrisco a dizer que o retorno sobre esse investimento deve ultrapassar o ROI do Facebook com facilidade.
O que sabemos (via Business Insider) é que dentro das primeiras 18 horas da primeira postagem o anúncio da Michael Kors (marca de luxo e queridíssima no Instagram) gerou 218 mil likes (370% a mais que um post comum); 4,4 milhões de impressões e 33 mil novos seguidores para a marca. Se formos levar em consideração os comentários, 20 % foram negativos e 1% refletiu em interesse de compra do produto.
Acredito que os números referentes ao interesse de compra devem crescer à medida que os usuários passem a seguir a marca e assim que os comentários os levem para as lojas dos produtos, ou seja, é um investimento em médio prazo.
Claro que há muito ainda para ver nesta nova modalidade de mídia patrocinada. Até porque é preciso identificar padrões, desenvolver campanhas criativas e que atinjam o público-alvo, avaliar resultados e muitos outros pontos a ser considerado na hora de investir em publicidade nas redes sociais, mas confesso, as expectativas são ótimas e estou muito ansiosa para saber até aonde as nossas redes sociais podem levar a nossa publicidade digital.
Vamos aproveitar!
Fátima Bana, mestre em comportamento digital do consumidor pela UCLA/USA. Certificada EFMD (European Foundation for Management Development) com o selo CEL. Mais de 10 anos de experiência em estratégia e inteligência de marketing digital e offline no varejo. Pós-graduada em comunicação com o mercado pela ESPM. Possui diversos cursos de especialização e MBAs, entre eles: neuromarketing, varejo, e-commerce marketing, branding e pricing, ballanced scorecard, omni-channel, entre outros, sempre realizados nas melhores instituições de ensino do país e do exterior (ESPM, UCLA, Harvard, FGV, etc.).