HP rejeita oferta de compra hostil por parte da Xerox

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O conselho da HP Inc rejeitou neste domingo, 24, uma oferta de aquisição por parte da Xerox, dizendo em uma carta ao CEO da Xerox, John Visentin, que a proposta de sua empresa "subestima significativamente a HP".

"Acreditamos que é importante enfatizar que não dependemos de uma combinação da Xerox", escreveu o conselho da HP em sua carta. "Está claro em suas palavras e ações agressivas que a Xerox pretende forçar uma combinação potencial em termos oportunistas e sem fornecer informações adequadas".

A carta foi enviada em resposta à mais recente tentativa da Visentin de pressionar a HP para aceitar a oferta, que avalia a empresa em US$ 33,5 bilhões, ou US$ 22 por ação – US$ 17 em dinheiro e 0,137 em ações da Xerox para cada ação da HP. Isso é mais do que o valor de mercado da HP, de quase US$ 30 bilhões, o que já torna a empresa mais de três vezes o tamanho da Xerox.

A Xerox estava estável no pregão de segunda-feira, 25, enquanto as ações da HP subiram quase 2%.

A HP rejeitou a oferta no início deste mês. Mas na última quinta-feira, Visentin ameaçou se aproximar dos acionistas da HP diretamente se os dois lados não concordassem em uma maneira de "apoiar uma combinação amigável" até o final do dia útil de Nova York nesta segunda-feira.

O conselho da HP descartou essa "abordagem hostil" em sua carta de domingo e chamou o que identificou como "preocupações significativas" sobre os negócios da Xerox. Ele destacou que a receita da Xerox caiu quase 10% no ano passado.

O conselho da HP também disse estar preocupado com a decisão da Xerox de vender sua participação em uma joint venture com a Fuji Film, acrescentando que a saída deixa um "buraco estratégico considerável" nos negócios da Xerox.

"Temos preocupações quanto ao estado dos recursos tecnológicos da Xerox, pipeline de pesquisa e desenvolvimento, programas futuros de produtos e continuidade e capacidade de fornecimento", escreveram os diretores, acrescentando que a Xerox também teria que ter acesso à "região da Ásia-Pacífico que mais cresce."

Em sua carta na quinta-feira passada, Visentin disse que a oferta de sua empresa "não era altamente condicional nem incerta", acrescentando que o acordo seria uma "oportunidade atraente" para os acionistas das duas empresas.

A HP anunciou no mês passado que cortaria entre 7.000 e 9.000 empregos até 2022. Na época, Enrique Lores, o novo CEO da HP, considerou a mudança uma "ação ousada e decisiva" para ajudar a empresa em seu próximo capítulo. A Xerox, como a HP, depende de um negócio de copiadores e impressoras em extinção, tanto em vendas e lucros.

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