O mercado de TI mudou radicalmente nas últimas décadas. Diante das evoluções tecnológicas vivenciadas pela sociedade, tivemos a oportunidade de acompanhar de perto feitos incríveis que vão desde a explosão da internet à computação em nuvem, da inovação de softwares locais baseados na web aos dispositivos móveis que cabem na palma das nossas mãos. A experiência do usuário é cada vez mais significativa, assim como a segurança cibernética que ganhou os noticiários pelo mundo e nos mostra a importância de um elo cada vez mais forte entre a tecnologia e o ser humano. Os avanços da inteligência artificial, Internet das coisas (IoT) e da computação quântica no decorrer dos anos foram remodelados diversas vezes, como num piscar de olhos, atentos à busca incessante de aperfeiçoamento e inovação dentro do setor.
Empresas tiveram que se reinventar e redefinir as infraestruturas e serviços oferecidos nos mais diversos segmentos, basta olharmos para o lado e vermos como o agronegócio tem ganhado nos últimos anos com a utilização de drones, sensores e apps que monitoram e apresentam resultados referentes a meteorologia, plantio e safras. Do outro lado, a revolução do mercado financeiro aposentou velhas práticas e introduziu transações online e um universo de oportunidades: como as fintechs, blockchain e a inteligência artificial para aprimorar a segurança, agilidade e personalização das transações. Já as indústrias, uma das áreas mais importantes e rentáveis do país, passaram a ter mais autonomia, ganho de eficiência em operações e redução de custos, mas, ao mesmo tempo, continuam impulsionando a inovação e a flexibilidade na cadeia de suprimentos.
Pensando no setor de tecnologia, aspectos como segurança cibernética, privacidade de dados, desigualdade digital e a rápida obsolescência tecnológica têm sido os maiores desafios, na minha visão. A ameaça crescente das vulnerabilidades cibernéticas demanda investimentos contínuos e atualizações regulares para proteger não apenas os sistemas, mas também os dados sensíveis de pessoas. O mundo digital reforça a necessidade de abordagens inclusivas para garantir o acesso equitativo à tecnologia e à internet para todos os setores da sociedade.
Neste passado não muito distante, a adaptabilidade e o aprendizado contínuo se tornaram essenciais, já que diariamente surgem atualizações. Passamos por vários períodos em que ser mais ou menos especialista fez sentido e hoje conclui-se que há espaço para ambos, mas estudar e vivenciar disciplinas dentro e fora da tecnologia me parece ser a regra número um. Esta adaptação deve ser não somente relacionada a pessoas, mas também a visão de futuro de uma empresa e o que desejamos alcançar dentro dela, tornando-a imprescindível para o mercado.
Introduzir estes conhecimentos dentro da empresa é tão importante quanto a alfabetização digital básica, assim como a capacidade de trabalhar e interpretar análises, resolver desafios usando pensamento crítico e criatividade – estas valorizadas especialmente na aplicação de soluções inovadoras. Reconhecer a importância da evolução é incontestável para a manutenção da competitividade no cenário atual, impulsionando o mercado e suas vertentes a se adaptarem e se destacarem em diversas áreas.
Esta é a teoria adotada à prática de sucesso da keeggo, empresa em que atuo como CEO desde 2023, que ao longo de 30 anos se consolidou na área de testes de qualidade de software e gestão de risco (QA). Também incorporou serviços de cibersegurança, privacidade, Cloud & DevOps e inteligência artificial, além da aplicação de frameworks, como o "Quality Transformation Journey", processo de evolução das práticas, processos e cultura de gestão da qualidade de uma organização para melhorar a qualidade geral de seus produtos e serviços.
Para compor este cenário de mudanças e conquistas, é necessário ter ao lado grandes profissionais, como os que atualmente compartilho uma rotina democrática de decisões. Colaboradores que há décadas estudaram, se formaram, erraram, acertaram e continuam evoluindo, assim como a empresa. Sob o ponto de vista de evolução de portfólio, a keeggo investe tempo e dinheiro na formação do que chamamos de "inteligência coletiva": fruto da análise de customer success, pesquisas de mercado e feedbacks. O resultado vem do campo, da vivência e do conhecimento explícito no mercado.
Ainda em relação ao mercado de trabalho, estima-se que, até 2025, o Brasil tenha cerca de 420 mil vagas no setor de tecnologia da informação. No entanto, essa alta demanda é maior do que o número de profissionais qualificados. Para que isso mude, é importante que o mundo digital reforce a necessidade de abordagens inclusivas, garantindo o acesso equitativo à tecnologia e à internet em todos os setores da sociedade. A liberdade para inovar não pode se perder pelo caminho, a bússola guia não precisa ser feita com milhares de indicadores, mas sim dos corretos e precisos. E que venham mais décadas de evolução, pois estamos prontos para enfrentá-las, porque por aqui nosso lema é vivermos uma evolução contínua.
Vitor Roma, CEO da keeggo.