As empresas industriais estão cada vez mais comprometidas em adotar práticas sustentáveis para minimizar suas emissões de carbono. Muitas delas têm focado na redução do uso de combustíveis fósseis e na transição para fontes de energia limpas e renováveis. Contudo, em meio a essas transformações, surge a pergunta: qual é o papel do ar comprimido nesse contexto?
O ar comprimido é uma utilidade essencial, comparável à eletricidade, vapor e água. No entanto, frequentemente seu uso causa desperdício, por não considerar o consumo de energia ou vazamentos. Em muitos ambientes industriais, o ar comprimido é a segunda maior utilidade em termos de consumo de energia, tornando crucial ações para minimizar as emissões relacionadas.
Além da importância de abordagens abrangentes na busca por eficiência energética, é necessário pensar em todo o processo de produção para reduzir o uso de energia baseada em combustíveis fósseis. "Mesmo que a fonte de energia do sistema de ar comprimido não possa ser alterada para uma alternativa limpa, ainda é possível otimizar fatores relacionados ao ciclo de vida do sistema" diz Sami Uusi-Erkkilä, CEO da SmartAir And Energy.
A questão é complexa. Embora a umidade seja prejudicial, a secagem do ar comprimido deve ser feita de maneira consciente. Problemas no equipamento de tratamento de ar comprimido podem afetar diversas funções na sua instalação, tornando crucial corrigir os problemas na origem.
"Na busca pela transição verde no ar comprimido, a medição do ponto de orvalho se destaca como uma ferramenta essencial. Essa medição permite otimizar o processo de secagem do ar comprimido, evitando excessos" comenta Antti Viitanen, gerente de produtos na Vaisala. "Um processo otimizado, aliado à medição precisa do ponto de orvalho, não apenas reduz os custos anuais, mas também evita vazamentos de água, contribuindo para a eficiência global do sistema", completa.
Em resumo, a transição verde no ar comprimido exige uma abordagem holística, que leve em consideração desde o dimensionamento do sistema até a manutenção eficiente. As empresas industriais desempenham papel decisivo nesse cenário, adotando práticas sustentáveis que contribuem para a redução sistemática do uso de energia, a melhoria da eficiência energética e a minimização do desperdício.
