O Google começou a remover nesta quinta-feira, 26, alguns links de resultados de buscas em cumprimento a decisão da Suprema Corte da União Europeia sobre o "direito de ser esquecido", que confere às pessoas o direito de solicitar a remoção de resultados que aparecem em buscas na internet com informações pessoais questionáveis escondidas.
Os engenheiros do Google passaram a noite do dia anterior atualizando a infraestrutura técnica da empresa para começar a fazer as remoções, e nesta quinta a empresa começou a enviar os primeiros e-mails para as pessoas, informando-as que as solicitações que haviam feito estavam sendo cumpridas. Apenas um pequeno número inicial de pedidos foi processado.
"Esta semana estamos começando a tomar medidas sobre os pedidos de remoção que recebemos", disse um executivo do Google ao The Wall Street Journal. "Este é um processo novo para nós. Cada pedido tem de ser avaliado individualmente, e estamos trabalhando o mais rápido possível para passar pela fila."
Há quase um mês, o Google havia recebido mais de 41 mil pedidos de remoção, feitos por meio do formulário online que disponibilizou na página do site, em resposta à decisão da Suprema Corte, que solicitou que a empresa considerasse o direito dos indivíduos à privacidade contra o interesse público de ter algumas informações disponíveis.
A decisão foi alvo de críticas de defensores da liberdade de expressão nos EUA, os quais argumentam que a decisão abre brecha para a censura e coloca o Google em uma posição difícil, como uma espécie de árbitro sobre o que as pessoas têm o direito ou não de saber. Ativistas da privacidade, no entanto, dizem que as reações são exageradas, já que só serão removidos dos resultados de buscas nomes individuais, e não de todas as informações.