O surgimento de operadoras de voz sobre IP (VoIP) no mercado brasileiro foi encarado como uma oportunidade de negócios para a Intelig Telecom, que lançou durante a Futurecom o Voz Special, uma solução de terminação de chamadas para operadoras de pequeno porte e grandes corporações. ?A solução é ideal para operadoras e corporações com um volume de tráfego de 1 milhão a 2 milhões de minutos por mês. Fazemos a terminação de chamadas e a oferta de preços é feita com base na estrutura de custos da nossa rede?, explica o diretor de marketing e produtos da Intelig, Alexandre Oliveira. Segundo ele, a Intelig já fechou a terminação de chamadas com o Voz Special com uma operadora VoIP, mas o nome da empresa foi mantido em sigilo.
De acordo com Alexandre Oliveira, o modelo ainda não está definido, mas a operadora está conversando com empresas de VoIP com plataformas já estabelecidas e fornecedores de equipamentos em busca de parcerias. ?Estamos estudando a viabilidade financeira. Queremos o mesmo modelo do nosso provedor gratuito InteligWeb, um negócio complexo composto por várias parcerias?, revela Oliveira. Segundo o executivo, a Intelig está analisando como possíveis parceiras as empresas Net2Phone, Go2Call, iVoz, Tmais, Datora e Hip Telecom. ?Queremos como parceira uma empresa com plataforma já montada?, conta. Mesmo sem modelo definido, a Intelig tem claro um ponto: o serviço será prestado com a sua licença de STFC e o produto terá a marca Intelig.
TEF
A Intelig começa a se preparar também para atacar mercados verticais com soluções segmentadas. De acordo com Oliveira, a partir de novembro a operadora começa a oferecer uma solução de transferência eletrônica de fundos (TEF) para pagamentos com cartões de crédito utilizando VPN IP nos pontos de venda. ?Fechamos uma parceria com uma empresa que tem as conexões com as redes de cartão de crédito e tiramos do ponto de venda a responsabilidade de manter uma conexão X-25 dedicada com essas financeiras?, explica o executivo. Oliveira calcula que com a contratação de uma porta de acesso VPN IP para abrigar essas transações financeiras fica de 20% a 30% mais barata do que a manutenção de uma conexão X-25. O beta-teste da solução teve início esta semana no Rio de Janeiro com uma rede de varejo.