Brasil está entre os principais destinos dos investimentos em P&D

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Pesquisa da IBM com países que recebem investimentos de empresas multinacionais, nas áreas de fabricação, serviços e pesquisa & desenvolvimento (P&D), revela que o Brasil é o único da América Latina que está entre os 15 países que mais receberam investimentos estrangeiros. Em 2004, o país ocupava a sexta colocação no ranking e na nova pesquisa ficou classificado na 13ª posição. Entre as regiões, a América Latina ficou em quinto lugar no ranking de 2005, com 6% de todos os projetos mundiais.

Os mercados emergentes que formam o chamado Bric, grupo de países composto por Brasil, Rússia, Índia e China, registraram, em 2005, queda na entrada de investimentos estrangeiros em cerca de um quinto em relação ao ano anterior.

Realizada pela IBM Plant Location International (IBM-PLI), serviço de estratégias de localização global da IBM Global Business Services, a pesquisa registra uma ligeira retomada das economias maduras devido ao forte crescimento econômico, enquanto alguns mercados emergentes esfriaram após anos recebendo investimentos pesados. No topo do ranking, a Europa venceu a Ásia ao atrair 39% de todos os projetos mundiais, contra 31%. Em 2004, as duas regiões ficaram empatadas em 35% cada.

As economias mais maduras começaram a se recuperar dos anos anteriores, registrando um aumento de 5% em projetos de investimentos estrangeiros em 2005, comparados ao ano anterior. Foram registrados mais projetos de P&D, em 2005, pelos Estados Unidos, Inglaterra, França, Cingapura, Canadá, Alemanha, Dinamarca, Irlanda e Austrália do que em 2004.

Serviços foram classificados como o tipo mais popular de projeto a obter investimento, sendo responsável por 20% de todos os projetos globais, enquanto os investimentos em fabricação diminuíram, em média, 20% ? para cerca de 800 projetos por trimestre em 2005. Os investimentos em novos centros de P&D permaneceram razoavelmente estáveis em 2005 com 200 projetos por trimestre mundialmente.

Adicionalmente, a pesquisa encontrou 15 países que receberam novamente 70% das entradas de investimentos globais. Quatro países ficaram posicionados entre as 15 primeiras colocações em 2005 ? Polônia, Romênia, Cingapura e Emirados Árabes Unidos, substituindo Hong Kong, Hungria, Espanha e Suécia. Notavelmente, Inglaterra, França e Polônia ganharam mais investimentos e aumentaram sua parcela de mercado.

Pelo terceiro ano consecutivo, China e Índia, juntas, receberam mais projetos de investimentos que os EUA ? 1.650 contra 1.200, respectivamente. As empresas com sede nos EUA permaneceram como os maiores geradores de investimentos externos, com 2.800 projetos. Entretanto, as empresas baseadas na Alemanha assumiram o segundo lugar, deixando as japonesas para trás ? 720 a 670 projetos de investimentos externos em 2005, respectivamente.

Em relação à América Latina, a região atraiu 6% de todos os projetos globais em 2005, caindo de 8% em 2004. Brasil e México dominaram as entradas de investimentos no mercado latino-americano, sendo que o Brasil atraiu a maioria dos projetos de fabricação, com 37% do total investido na América Latina, seguido pelo México com 21%.

A África atraiu somente 2% dos projetos globais em 2005 ? o mesmo desempenho de 2004. Quênia e Uganda tiveram melhor desempenho em 2005. A África do Sul permaneceu estável. Mas Argélia, Egito e Marrocos recuaram no ranking. Já a região Ásia-Pacífico atraiu 31% dos projetos globais em 2005. Sua parcela de mercado diminuiu 3% em relação ao ano anterior. A Índia liderou mundialmente o número de centros de serviço e nos investimentos em projetos de P&D. O país registrou 204 projetos de P&D em 2005, permanecendo, junto com a China, no topo da classificação dos países de destino na Ásia para projetos de P&D, mas o número total de projetos diminuiu. A Índia diminuiu de 256 para 204 projetos e a China de 143 para 126 projetos.

A China permaneceu, contudo, como a número um em destinos de investimentos em fabricação, com 47% de todos os projetos da Ásia-Pacífico. Seu desempenho diminuiu de 840 projetos de fabricação em 2004, para 560 em 2005. O Vietnã obteve forte desempenho, particularmente em fabricação, atraindo 9% dos investimentos realizados na Ásia-Pacífico.

A Europa, por sua vez, recuperou a primeira posição na entrada de investimentos com 39% de todos os projetos, superando os 35% de 2004. Os investimentos no Oeste Europeu aumentaram fortemente de 22% para 26% em 2005. A Inglaterra liderou o número de entrada de projetos de investimentos, com cerca de 700 e a França ficou próxima com 660. Os dois países apresentaram importantes melhorias em entradas de investimentos estrangeiros. O Leste Europeu atraiu cerca de 50% de todos os projetos de fabricação na Europa, com a Polônia em primeiro lugar, com 148 projetos. Na classificação Européia para o quesito fabricação, a Polônia se classificou em segundo e a França saltou para uma liderança global na Europa com 22% (251 projetos).

Em P&D, a Inglaterra recebeu 26% de todos os projetos Europeus, França 19% e Alemanha e Dinamarca ficaram empatadas em 6%, cada. Entretanto o Leste Europeu aumentou sua participação para 21%, com 60 projetos. A Inglaterra (45 projetos) foi o maior destino por número de projetos em que empresas Indianas investiram em 2005, seguida pelos Emirados Árabes Unidos (28), China (24) e os EUA (17).

A América do Norte atraiu 18% de todos os projetos em 2005, superando seus 16% no ano anterior. Houve uma intensa concorrência entre os estados dos EUA para entrada de investimentos. A Pensilvânia saltou para o primeiro lugar como estado de destino em termos de projetos de investimento, com 109 projetos. Em 2004, não estava entre os 10 maiores. Para projetos de fabricação, passou de terceiro para primeiro lugar. A Califórnia permaneceu em segundo lugar, principalmente como resultado dos investimentos em serviços e P&D. A Califórnia e o estado de Michigan lideraram em projetos de P&D, com 13 e 11 projetos, respectivamente.

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