O CMMI-Capability Maturity Model Integration, guia de melhoria de processos mais aplicado no mundo, chega à sua versão 1.2 – a primeira evolução do modelo desde o seu lançamento em 2001.
A nova versão chega simultaneamente em território brasileiro por meio da ISD Brasil. De acordo com o diretor executivo da ISD Brasil Carlos Alberto Caram, a nova versão atende a requisitos que a prática do mercado com o modelo CMMI identificou no mundo inteiro.
A alteração mais importante nas iniciativas paralelas à criação da versão 1.2 é a fixação, pelo SEI, criador dos modelos, de um prazo de validade de três anos para as avaliações. Até aqui, ficava a critério das organizações avaliadas com o CMMI requerer uma nova avaliação a uma empresa fornecedora, como a ISD-Brasil.
Agora, o SEI quer um rigor maior na manutenção dos níveis de maturidade, gerando a exigência de evolução das organizações para patamares superiores do modelo ou de reavaliação do estágio atual.
O SEI fixou a data de 31 de agosto de 2007 para as renovações, mas elas podem acontecer a partir de agora. As empresas que foram avaliadas com a versão 1.1 terão três anos, após a data da realização da avaliação na versão 1.1, para se submeter a uma nova avaliação.
As empresas que não cumprirem a regra estão automaticamente excluídas dos registros do SEI como possuidoras de algum nível de maturidade do CMMI.
Ainda segundo Caram, essas alterações irão aumentar a credibilidade dos resultados relativos ao modelo. Segundo o executivo, o SEI está realizando algum tipo de auditoria em 100% das avaliações submetidas para publicação.
Isso significa um nível de controle maior quanto aos resultados publicados no site da instituição, o que é positivo para o mercado de maneira geral.
A versão 1.2 do CMMI é também mais específica se aplica principalmente à área de desenvolvimento de produtos de tecnologia. Em 2007, serão lançadas as versões mais orientadas, especificamente, às áreas de serviços e de aquisições.
O ponto mais importante da nova versão, entretanto, segue na direção da consolidação e maior clareza de algumas práticas do modelo: a gestão de parceiros, como fornecedores, por exemplo, foi uma das áreas que teve algumas de suas práticas consolidadas.
Já na área de desenvolvimento, à qual a versão 1.2 lançada agora se aplica, os requisitos se estendem até aos padrões de ambiente de trabalho, ou seja, versam sobre as condições de trabalho para os profissionais que atuam no desenvolvimento de produtos e serviços.
