O aumento da participação da classe C no consumo de produtos e serviços de tecnologia da informação e comunicações (TIC) foi o fator que mais contribuiu para o avanço do Índice Brasil de Convergência Digital (IBCD), de acordo com relatório divulgado nesta terça-feira, 27, pela Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom). Segundo a entidade, o IBCD atingiu 7,03 pontos neste ano, um crescimento de 4% em relação à edição de 2011.
O documento ressalta que a inclusão de 40 milhões de pessoas na classe C entre 2003 e 2011 mudou o perfil do acesso aos recursos de TIC no Brasil. Nos próximos dois anos mais 13 milhões de pessoas farão parte da classe C, prevê a Brasscom.
O índice tem o objetivo de levantar informações sobre a estrutura e a dinâmica do mercado brasileiro de TIC. Esta sexta edição analisou o período que vai do segundo trimestre de 2010 ao primeiro semestre de 2012.
O levantamento constatou que, com a expansão das vendas de computadores, notebooks e smartphones para a classe C, o acesso à internet nos domicílios também cresceu. Em 2007, 49% dos acessos ocorriam em lan houses e 40%, nas residências. No ano passado, o acesso à internet em domicílios subiu para 67%, enquanto em lan houses caiu para 28%.
O IBCD mostra ainda que o número de acessos à internet em banda larga móvel registrou crescimento de 91% em 2011, enquanto a banda larga fixa teve alta de 19,6%. Em maio deste ano, especificamente, foram registrados 58,7 milhões de acessos em banda larga móvel, sendo 90% por meio de aparelhos 3G e 10%, através de terminais de dados. No caso da banda larga fixa, foram registrados 18,7 milhões de acessos no mesmo período.
Nos últimos quatro anos, o número de linhas de telefonia celular em uso no Brasil dobrou, totalizando 256,1 milhões em junho deste ano. Em 2011, o país se tornou o quarto mercado de celular do mundo, atrás apenas da China, Índia e Estados Unidos. Além disso, de acordo com dados do IBCD, o comércio eletrônico registrou 31,9 milhões de consumidores no fim de 2011, um aumento anual de 36%, enquanto o e-banking contabilizou 54 milhões de usuários, expansão de 8%.