Irã é alvo de ataques virtuais em série; EUA e Israel são apontados como suspeitos

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A guerra cibernética em curso no Irã parece ter tomado outro rumo nos últimos dias. Embora a mídia no país seja totalmente controlada pelo governo, agências de notícias estatais relatam a existência de uma nova onda de ataques contra os computadores industriais no sudoeste da província de Hormuzgan.

Segundo o All Things Digital, blog de tecnologia ligado ao The Wall Street Journal, os jornais iranianos dizem que o governo teria conseguido frustrar os ataques por vírus com ajuda de “hackers habilidosos”. O problema, segundo o site, é que a mídia iraniana é controlada por autoridades locais, portanto, não é possível saber o que realmente foi feito para coibir a ação dos cibercriminosos.

A descrição dos ataques é a mesma em diversos relatórios. Trata-se de um novo trojan, semelhante ao Stuxnet, vírus descoberto em junho de 2010. Ele infectou milhões de computadores equipados com o Windows em todo o mundo e visava atingir um tipo específico de arquivos de computadores de controle industrial, conhecidos como Controladores Lógicos Programáveis (CLP).

No caso do Irã, o alvo era uma instalação no país. Quando finalmente o vírus se alastrou e encontrou seu objetivo, o trojan passou a controlar centrífugas nucleares e as fez trabalhar sem controle até explodir, enquanto as telas monitoramento indicavam que as condições eram normais. Embora os Estados Unidos e Israel não tenham assumido oficialmente a autoria dos ataques, todas as pistas apontam para os dois países.

A imprensa iraniana afirma que os ataques começaram nos últimos meses, mas os ocorridos no início de dezembro foram os que mais chamaram a atenção. O sistema de emergência computacional do Irã divulgou, na ocasião, que havia eliminado um trojan relativamente simples capaz de apagar partes de discos rígidos relacionados a certas datas pré-programadas.

Ao longo do ano, outros malwares foram descobertos em sistemas iranianos, incluindo o Gauss, Flame e Duqu, antes deles. Todos eles são difíceis de rastrear.

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