O criador do game Pokémon Go e CEO da Niantic, John Hanke, quer firmar mais parcerias com as operadoras móveis ao redor do mundo. Ele está interessado principalmente em acordos de carrier billing, ou seja, para poder vender itens digitais no jogo cobrando pela fatura telefônica ou descontando de créditos pré-pagos. A empresa já tem acordos desse tipo, mas são poucos, na opinião de Hanke. "Nós apenas arranhamos a superfície nesse aspecto até agora", disse o executivo, durante palestra no Mobile World Congress, em Barcelona, nesta terça-feira, 28.
O CEO da Niantic entende que o Pokémon Go pode ser um aliado das teles por gerar grande tráfego de dados, levando os usuários a aumentarem suas franquias. Desde o seu lançamento, o game acumula 650 milhões de downloads e 44,6 mil TB trafegados.
Além do carrier billing, Hanke vê outras oportunidades de parcerias comerciais com as teles. Ele citou o exemplo da operadora Globe, das Filipinas, que criou planos de dados especiais para os jogadores de Pokémon. Outro caso foi o da indiana Jio, que transformou todos os seus pontos de recarga em lugares patrocinados dentro do mapa do game. A norte-americana Sprint também incluiu suas lojas dentro do jogo. Algumas redes varejistas, como Starbucks, fizeram o mesmo. Há mais de 35 mil locais patrocinados no mapa do game. Juntos, eles já geraram mais de 500 milhões de visitas.
Para o futuro, o executivo disse estar interessado em adotar redes de beacons, para aprimorar a localização em ambientes fechados dentro do jogo. E também quer criar novos games associados a acessórios vestíveis.
Brasil
De acordo com fonte ouvida por este noticiário, a Niantic procurou teles brasileiras no ano passado oferecendo um acordo de zero rating. A proposta era dar o direito de exclusividade para esse tipo de promoção àquela que aceitasse pagar luvas de R$ 4 milhões. Nenhuma operadora aceitou.