Relatório aponta que 6% das Insuretechs concentram 67% dos investimentos no setor há quase uma década

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Relatório produzido pela everis em colaboração com a NTT Data indica alta concentração dos investimentos globais em insuretechs – startups do setor de seguros. De acordo com o estudo, que analisou 53 mil startups, desde 2010 6% das empresas receberam 67% dos investimentos globais no setor.

A edição do relatório traz como novidade um novo modelo de previsão que visa identificar, observar e analisar as variáveis que foram fundamentais para o sucesso das startups – aquelas que conseguiram uma "saída" – e estabelecer alguns atributos comuns. Esta análise foi realizada graças ao desenvolvimento de um algoritmo próprio (robo consultor) e uma solução de análise de dados que foram capazes de analisar mais de 53 mil startups e detectar os principais atributos daqueles 5 mil que alcançaram uma "saída".

Neste mesmo período, com o objetivo de ampliar o escopo deste novo relatório foram realizadas pesquisas com 44 executivos de seguradoras, presentes em mais de 12 países. Estas entrevistas forneceram informações sobre líderes globais e locais de todas as linhas de negócio de seguros, permitindo uma comparação entre a análise de investimentos e as tendências do mercado. Além disso, essas informações fornecem uma visão das percepções e ações tomadas pelas seguradoras para enfrentar os desafios que o ecossistema Insurtech está enfrentando no presente.

Segundo Carlos Ordoñez, Diretor Global de Seguros Digitais da everis, "as grandes seguradoras não vêem mais a Insurtech como uma ameaça, agora enxergam como um complemento que as ajudará aproveitar novas oportunidades e enfrentar seus desafios com maiores garantias de sucesso". Além disso, ele concluiu que "a compreensão adequada dos novos ecossistemas torna-se um fator fundamental".

"As Insurtechs têm sabido capitalizar seu modelo de negócios, adaptar-se as demandas tecnológicas e captar os interesses dos investidores. Na América do Sul, por exemplo, 27 startups conseguiram obter U$131 milhões em financiamento, mostrando assim que a transformação atravessa toda a indústria", comenta Alejandro Morán Marco, Head de Insurance da everis Américas.

Investimentos concentrados em 6% da Insurtech

Desde 2010, o investimento em Insurtechs tem crescido exponencialmente em todos os mercados, especialmente naqueles que tiveram uma capacidade de crescimento sustentado ao longo da década. Assim, segundo o estudo, os investimentos em Insurtechs estão concentrados em 6% das empresas que possuem um modelo estabelecido, que, principalmente por meio de rodadas tardias de investimento, conseguiram monopolizar 67% do total investido, de forma cumulativa. Isto faz com que seja ainda mais importante conhecer as startups setoriais com potencial de sucesso, para que os investidores possam entrar cedo em rodadas com valores mais acessíveis, impulsionando o crescimento do setor.

Por outro lado, o estudo indica que, em 2019, houve um investimento de US$ 6,3 bilhões na aquisição de Insurtechs, o que representou um aumento de 58% sobre o valor investido entre 2017 e 2019. Este montante global foi, no entanto, distribuído entre apenas 25 empresas (de um total de 238), que receberam 72% do crédito disponível.

A tendência, portanto, mostra que está crescendo o número de investidores interessados em participar do ecossistema de startup de seguros com modelos de negócios mais consolidados e maduros. Isso porque suas soluções tecnológicas proporcionam novas fontes de renda, aumentam sua eficiência operacional e os ajudam a conhecer melhor seus clientes para gerar fidelização. Da mesma forma, as seguradoras estão mostrando a mesma tendência, deixando de investir mais intensamente em 2019 em startups do setor com um modelo consolidado.

Nesta mesma linha, no ano de 2019, foi dado um salto importante em termos de financiamento de empresas Insurtech européias e asiáticas, e pode-se observar que o ecossistema Insurtech está amadurecendo em regiões como a Europa e Ásia. Os EUA continuam concentrando o maior investimento e gerando players vencedores, uma realidade confirmada pelo fato de que no ano passado os fundos concentraram seus investimentos em apenas uma empresa para cada linha de negócio.

As tecnologias mais requisitadas: Cloud, Mobile & Applications, AI e IoT

Em termos de tecnologia, a maior parte do investimento foi concentrado em startups que desenvolvem soluções de Cloud, Mobile & Applications, AI e IoT, pois os investidores consideram que opções com maior geração de valor.

Na verdade, as seguradoras estão duplicando seus investimentos em startups de seguros e setores relacionados. Por exemplo, em termos de tecnologia, 54,5% do total disponível foi investido em empresas de Big Data e Análise, 31,8% em startups de IA e 6,8%, em novos participantes de Nuvem e Robótica.

Ao mesmo tempo, as empresas Insurtech também redefiniram o ecossistema de mobilidade inteligente, no qual as grandes operadoras de telecomunicações estão desempenhando um papel fundamental, investindo grandes volumes em desenvolvimentos telemáticos. Nos últimos dois anos, 78% dos investimentos em startups neste segmento (um total de 153 empresas) foram concentrados em quatro empresas. Em 2019, uma delas, Friday, recebeu um investimento de US$127 milhões.

Mercados emergentes com um futuro brilhante

O estudo da everis e NTT Data aponta ainda que os mercados emergentes estão evoluindo para se tornarem líderes de disrupção no setor de seguros. Na Ásia, por exemplo, houve um crescimento significativo dos investimentos em Insurtechs nos últimos anos, com um papel significativo para os gigantes tecnológicos asiáticos com investimentos expressivos em novos modelos de negócios no setor de saúde ou de mobilidade. De acordo com o relatório, 60% dos fundos investidos foram para 32 startups entre 2010 e 2019. Além disso, destaca-se o surgimento da África, especialmente com novos modelos de negócios como o microsseguro e o seguro sob demanda, sobre os quais as principais seguradoras já estão se posicionando.

O próprio desenvolvimento dos mercados desses países e a velocidade com que eles adotam novas tecnologias se tornaram um momento perfeito para atrair novos modelos de negócios e investimentos das principais empresas de tecnologia, criando um cenário perfeito para liderar o ecossistema.

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  1. […] O próprio desenvolvimento dos mercados desses países e a velocidade com que eles adotam novas tecnologias se tornaram um momento perfeito para atrair novos modelos de negócios e investimentos das principais empresas de tecnologia, criando um cenário perfeito para liderar o ecossistema… Leia mais em tiinside 28/04/2020 […]

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