O uso de robôs vem ganhando popularidade, gerando uma diminuição progressiva dos custos para quem os contrata, e, consequentemente, possibilitando a democratização do acesso, com mais e mais empresas investindo em soluções. Independentemente de porte ou tamanho, as mais variadas organizações entendem a importância da automação dos processos, e uma das principais discussões do momento é o quanto as soluções desenvolvidas para esta demanda podem alavancar o aproveitamento intelectual das equipes. Em minha avaliação, promover a automatização é a chave para o alto rendimento em tarefas que não exigem sensibilidade humana, e uma boa ferramenta para quem precisa alocar os colaboradores em atividades menos repetitivas e mais humanizadas.
Não é exagero dizer que a transformação digital está permeando tudo em nossas vidas. E quem não se adaptar a este movimento dificilmente sobreviverá. Trata-se, acima de tudo, do que há de mais disruptivo em inovação. E para falar em inovação, é preciso pensar de forma estratégica, observando os pontos fracos e fortes da cultura organizacional, sempre tendo em mente que as mudanças precisam vir de cima, ou seja, devem ter início nas lideranças. E aos gestores cabe dinamizar pelo exemplo, introduzindo a inovação por meio de muita informação e esclarecimento.
Empresas que buscam a inovação precisam saber como olhar para o futuro. E olhar o futuro nada mais é do que um processo diário, contínuo e autêntico, que não pode ser forçado. É preciso saber observar o mundo ao nosso redor. E identificar tendências. O que temos para o momento é a hiperautomação, que em linhas gerais consiste no uso intensivo de robotização combinada à inteligência artificial em um único sistema, dinamizando os processos de ponta a ponta. No relatório "Principais Tendências Estratégicas para 2022", a consultoria Gartner aponta a hiperautomação como um diferencial competitivo de extrema importância. E muitas corporações já trilham este caminho – o estudo mostra que, até 2024, os investimentos em hiperautomação poderão chegar a US$ 600 bilhões.
Colocar a hiperautomação em prática exige um olhar 360 graus do gestor, que deverá ter senso crítico para fazer a análise, o diagnóstico e o entendimento dos processos. Assim, é possível fazer a junção entre a robotização e a inteligência artificial em uma espécie de "looping infinito", com os processos não mais se encerrando em si mesmos e sim convergindo entre si. Neste contexto, nada mais é compartimentado, e tudo se conecta, de forma bem integrada.
Por mais dinâmica que a hiperautomação seja, a boa notícia é que ela não prescinde da inteligência humana. Muito pelo contrário, já que sempre cabe ao colaborador dar à sua organização uma visão holística e ajudar a conectar todos os processos e suas respectivas áreas. Mais do que nunca, o fator humano é a chave para a transformação – sem pessoas, nada é possível.
Gabriel Haibi, Head de HyperAutomation e Transformação Digital da hypeone.