Já conhecemos o blockchain como um processo que se tornou uma verdadeira tendência em diversas vertentes. As criptomoedas, certificados, contratos inteligentes, transações e rastreamento mostram sua eficácia na prática e também que essa solução veio para ficar, oferecendo mais segurança na hora de registro de informações e possibilidade de acompanhamento de processos e entregas. De maneira simples, definimos que o blockchain serve para transferir e registrar operações de forma mais segura e mais transparente, tanto para a empresa quanto para o consumidor. Ambos só têm a ganhar com a tecnologia.
Qualquer tipo de operação, cadastro ou compra efetuada pela internet, nos causa sempre uma mínima atenção às fraudes, coisa que nos obriga a redobrar a atenção e almejarmos uma alternativa com um processo mais seguro. Com o final do ano chegando e Black Friday batendo na porta, é válido nos precavermos em prol da segurança de nossos dados e é claro, evitar perder dinheiro. A resposta para isso é a aplicação da tecnologia blockchain no setor da logística, por exemplo, oferecendo mais segurança tanto para o consumidor como para a empresa que faz uso do processo.
Diante desse cenário, podemos citar a Tallysticks, companhia de desenvolvimento de softwares especializados dos EUA, que desenvolveu uma plataforma baseada em blockchain para lidar com faturamento e pagamentos para logística e outros negócios. Por meio dos smart contracts, o pagamento correspondente a uma fatura é processado imediatamente após a compra.
A verdade é que o blockchain é um facilitador de todas as pontas da cadeia logística, proporcionando segurança, garantia de qualidade e transparência em todos os processos, como o rastreamento do estoque, frete, transporte, faturamento, pagamentos e a verificação de autenticidade para os consumidores. Inclusive, podemos abordar aplicações práticas que já estão em prova hoje. Recentemente a IBM, grande corporação do ramo tecnológico, fechou uma parceria com varejistas do setor alimentício como: Walmart, Nestlé e Unilever, para desenvolver um sistema em blockchain para rastrear a origem dos produtos. A Walmart, por exemplo, teve muito sucesso rastreando a origem da carne de porco na China em 2011 em defesa dos consumidores.
Fato é que, o blockchain tem a capacidade de reformar o meio da logística. Apesar de ser um setor complexo e que demanda muitos estágios e processos burocráticos para distribuição de mercadorias e o envolvimento de documentos e notas fiscais, as empresas estão sempre em busca de novas tecnologias para as otimizações de dentro para fora. A solução, junto com a IoT, Inteligência Artificial e o Big Data pode se tornar a longo prazo, o novo padrão, afinal, com a otimização e simplificação desses processos que tem uma burocracia mais alta, a competitividade e agilidade da empresa aumenta, dando mais notoriedade no cenário que se propõe a atuar.
Vale a pena ressaltarmos que uma pesquisa feita pela DHL, companhia que oferece várias maneiras de enviar encomendas globalmente, com rastreamento disponível para que clientes e empresas possam acompanhar suas encomendas em tempo real, mostra que os gastos com blockchain no mundo chegaram a 2,1 bilhões de dólares em 2018 e que no ano passado esse número decolou, aproximadamente 9,7 bilhões de dólares foram gastos com a tecnologia.
Concluímos que em um futuro próximo, para se manter em um alto nível de competitividade no mercado, é fundamental que novas tecnologias como o blockchain principalmente, seja uma arma das empresas e das novas startups, afinal, ter consigo um processo que aumenta a transparência, reduz os custos e as burocracias é uma vantagem que não deve ser deixada de lado. E ao consumidor, vale redobrar a atenção em relação às empresas e companhias que aderem ao sistema blockchain para que menos fraudes e problemas que atrasam o processo de transporte aconteçam, principalmente nas épocas de alta demanda no mercado, como a Black Friday e as compras de final de ano.
Daniel Goettenauer, especialista em Inovação no Manaus Tech HuB.