As ações da Altera registraram a maior alta intraday em 14 anos após o The New York Post publicar nesta sexta-feira, 29, que a Intel está perto de fechar o acordo de compra da fabricante de chips para dispositivos lógicos programáveis, por cerca de US$ 15 bilhões.
Os papéis da empresa tiveram alta de 5,1%, negociados a US$ 49,36 às 10h37 (horário de Brasília), depois de atingirem o pico de US$ 49,83 durante a manhã. Na quinta-feira, 28, as ações encerraram o pregão com valorização de 36%, desde que em 26 de março a Intel revelou pela primeira vez seu interesse pela empresa. As ações da Intel subiram 1,2%, para US$ 34,43, nesta sexta-feira.
Pessoas com conhecimento das negociações relataram ao jornal americano que a Altera rejeitou uma oferta de cerca de US$ 54 a ação feita pela Intel no mês passado. A maior fabricante de chips do mundo vem realizando esforços para encontrar novas fontes de receita, além do mercado de computadores pessoais. E a incorporação da Altera poderia ajudar a Intel a expandir os negócios, com o fornecimento de chips para servidores usados em data centers.
Ao mesmo tempo em que as vendas de chip para PCs enfrentam forte desaceleração em todo o mundo, devido à preferência dos consumidores por tablets e smartphones, os data centers, principalmente aqueles que proveem informações e serviços para dispositivos móveis, estão cada vez mais consumindo processadores high-end em suas fazendas de servidores. Um índicio disso é que as vendas da divisão de data center da Intel subiram 19% no primeiro trimestre deste ano. A demanda por chips para servidores deve ajudar, inclusive, a Intel a cumprir a meta de atingir 62% de margem bruta no trimestre atual.
Procuradas pelo jornal americano, a Intel e a Altera não retornaram.