Depois de travarem uma disputa renhida pelo controle da empresa de pagamentos on-line Alipay que detêm em conjunto na China, o grupo Alibaba e o Yahoo chegaram a um acordo e decidiram romper a parceria. O acerto, anunciado em um comunicado conjunto divulgado nesta sexta-feira, 29, soa como um alívio para os investidores do Yahoo, que não deixam, contudo, de questionara o valor. Com o anúncio, as ações do Yahoo, que detém cerca de 40% de participação no Alibaba, caíram quase 3% nesta sexta-feira e já acumulam declínio de cerca de 17% desde o início do mês. As ações tiveram queda de US$ 0,40 e fecharam o pregão na bolsa eletrônica Nadaq valendo US$ 13,10.
Ao fechar o acordo com o fundo japonês Softbank e o Yahoo, o grupo chinês de internet disse que poderá obter até US$ 6 bilhões e não menos que US$ 2 bilhões, como resultado da oferta pública inicial de ações (IPO) do Alipay ou uma outra operação "que traga liquidez".
Para muitos investidores, a participação do Yahoo no Alibaba é mais importante do que o próprio negócio de publicidade on-line da empresa americana, que movimenta cerca de US$ 6 bilhões. As duas empresas têm se hostilizado publicamente, desde que Carol Bartz assumiu o comando no Yahoo, em 2009. As rusgas chegaram a tal ponto que o Alibaba tentou comprar de volta a participação do Yahoo.
Em maio Yahoo divulgou que o Alibaba havia transferido a propriedade do Alipay para uma empresa de propriedade do senhor Ma, sem a aprovação do conselho de administração e sem notificar a sócia americana. O Alibaba respondeu que o Alipay foi transferido para proprietários chineses legais, a fim de se certificar de que iria obter uma licença por parte da China para operar como uma empresa on-line de pagamentos.
Em nota aos investidores, a empresa de pesquisas Susquehanna Financial Group disse que o acordo pode ter "criado mais perguntas do que respostas para os investidores". A empresa também disse que estava desapontada pelo fato de nem Bartz nem Jerry Yang, co-fundador do Yahoo, estarem presentes na conferência. Yang investiu US$ 1 bilhão no Alibaba, em 2005, e atualmente ocupa um assento no conselho de administração do grupo chinês.
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