SaaS, ou Software as a Service, é uma forma conhecida de disponibilizar softwares por meio da internet, como um serviço. Com esse modelo de negócio, a empresa não precisa instalar, manter e atualizar hardwares ou softwares. O modelo adotado amplamente em muitos segmentos há muito tempo, começou ganhar tração e expandir o mercado de RPA – Robotic Process Automation.
Uma das empresas inovadoras na forma de oferta de RPAasS é AutomationEdge, provedora de soluções de automação de TI e automação de processos robóticos (RPA). Segundo o country manager da empresa, Fernando Baldin, que participou de um painel na 4ª edição do RPA- Robotic Summit, nesta quarta-feira, 28, utilizar a RPA nas empresas é demonstrar a capacidade de adaptação dessas organizações à transformação digital. "E neste contexto entram as plataformas de RPA ajudando as organizações na transformação Digital com possibilidade de construir novos serviços sem necessariamente ter toda uma infraestrutura de TI proprietária para isso", conceituou.
Ele argumenta que a visão de se partir para o uso da automação deve estar focada naquilo que a tecnologia traz como benefício e não como "um Band -Aid tecnológico". "O RPA é uma nova forma de pensar o trabalho. É uma estratégia de co-criaçao, de uma forma de se trabalhar, tendo em vista que a automação vem para otimizar as formas de trabalho separando aquilo que pode ser feito pelos robôs e o que deve ser feito pelas pessoas e enxergar onde as duas partes convergem", explicou.
Baldin argumenta que a jornada de adoção de sistemas de RPA são uma ponte entre parceiros, vendors e o cliente e neste caminho quanto mais estruturados forem os processos melhor será a performance das plataformas.
Como disse o country manager da AutomationEdge, embora a utilização do RPA se concentre em apenas 5% das empresas da América Latina, as novas formas de oferta de negócios tendem a evoluir assim como o que aconteceu com as plataformas de ERP , que antes eram adquiridos diretamente dos seus desenvolvedores e passaram a ser oferecidos como Serviço e alcançaram um número muito maior de empresas.
"Essa iniciativa servirá não só para ampliar o mercado, mas será sua evolução natural, no entanto é o mercado quem vai determinar isso, as formas de utilização da tecnologia. Acredito que no futuro ninguém vai pensar em empresas sem automação. Somente para exemplificar vocês imaginam uma empresa sem planilhas de Excel hoje? Assim será a robotização de processos no futuro".
Gabriel Haibi, gerente de Eficiência Digital e Inovação e Head de RPA na NEO, concorda com esta visão e acrescenta que dos 91% das organizações engajadas em alguma forma de Transformação Digital tem apenas duas em cada cinco, atingindo a maturidade neste processo. "Isso porque apesar desse engajamento a maioria dessas empresas, 60%, não dão continuidade e somente 40% delas atingem a maturidade", disse.
Haibi argumenta que para que essa tecnologia seja realmente entronizada no cotidiano das companhias e não seja apenas uma iniciativa frustrada, que haja modelos de negócios que se afinam com o poder aquisitivo das companhias. "O modelo de aquisição de Tecnologia como serviço possibilita às empresas contratar as mais variadas soluções mediante locação, sem a necessidade de investir o seu capital de uma só vez. O investimento inicial sempre é crítico e o modelo de negócios como serviço permite flexibilidade nos contratos e rápido acesso ao que há de mais disruptivo no mercado, com facilidade e rapidez na atualização das soluções e agilidade na manutenção quando necessário", pontuou.
A automação de processos robóticos como serviço vem ganhando força como uma forma de terceirização para quem quer adotar a RPA em seus negócios e significa que uma empresa pode experimentar os muitos benefícios que o RPA sem um investimento alto. "É preciso se adaptar às demandas e se adaptar para se receber a tecnologia de robotização. Além da otimização de custos, destaco como benefícios do RPA as a Service o prazo reduzido para a implantação e o acesso a uma extensa base de conhecimento", disse.