A Black Friday caiu no gosto do consumidor brasileiro e hoje já é um dos principais eventos do comércio eletrônico nacional. As vendas crescem ano após ano, e a expectativa para 2016 não é diferente. De acordo a E-bit, empresa especializada em informações do comércio eletrônico, espera-se um faturamento superior a R$ 2,1 bilhões para esta edição. Para o cliente que deseja aproveitar a data da melhor maneira, sem preocupação ou dor de cabeça, uma dica é fundamental: optar pelo cartão de crédito como meio de pagamento nas compras feitas on-line no dia 25 de novembro.
A expectativa é que o cartão seja utilizado em 82% das transações durante a Black Friday deste ano. Em contrapartida, 1 em cada 7 clientes (13,7%) deve optar por uma forma de pagamento menos segura, sob a ótica do consumidor final: o boleto bancário. Esse número é consideravelmente alto e alarmante, uma vez que a maioria dos golpes aplicados nesta data contra o cliente se dá nesta modalidade.
Muitas pessoas desconhecem, mas o cartão de crédito é a forma de pagamento mais segura para efetuar compras na internet. Apesar de o Brasil ser um dos países com maior índice de fraudes de clonagem de cartão, o cliente sempre estará protegido. Se alguma compra on-line for feita sem o consentimento do portador, ele tem o direito de solicitar o estorno da transação junto ao banco emissor ou à operadora.
A mesma proteção não se aplica no caso de boletos: uma vez pago o documento, as instituições financeiras se eximem de qualquer risco sobre o tema. É justamente nesse momento que surge a oportunidade para os criminosos aplicarem golpes em clientes desatentos – especialmente em uma data propícia, como a Black Friday.
É comum vermos no noticiário inúmeros casos de golpes aplicados nesta data seguindo um conhecido roteiro: uma loja desconhecida oferece descontos extremamente tentadores em produtos bastante cobiçados pelo público (como smartphones e eletroeletrônicos). Por algum motivo, porém, aquele e-commerce só aceita receber pagamentos via-boleto, à vista. O cliente não desconfia, não pesquisa por referências sobre aquele estabelecimento em sites ou redes sociais, e faz a compra.
Mas os dias passam e o produto não chega. Neste momento, a página da loja também fica fora do ar e outros consumidores também se queixam em sites e nas redes sociais. O cliente tenta ainda um contato no banco, mas é informado que o pagamento daquele boleto não poderá ser revertido. Xeque-mate, infelizmente: golpe consumado, e os criminosos atingiram o seu objetivo.
Por este motivo, os consumidores precisam desconfiar sempre dos sites que disponibilizam apenas o boleto bancário como meio de pagamento e não oferecem a opção do cartão de crédito. A explicação é simples: a documentação exigida para que uma loja virtual possa receber pagamentos via-cartão é bastante extensa, enquanto os boletos podem ser facilmente direcionados para alguma conta laranja.
Devido a isso, os clientes brasileiros podem ficar extremamente seguros em fazer compras via-cartão de crédito na Black Friday. Mas, se por algum motivo você optar pelo boleto, é altamente recomendável conferir a procedência da loja virtual e os comentários sobre ela nas redes sociais e sites como o Reclame Aqui, além de checar atentamente os dados que virão impressos no boleto.
Tom Canabarro, co-fundador da Konduto.