A frequência de compras online aumentou 71% no último ano e as expectativas para o futuro são animadoras para o comércio. É o que aponta o estudo Market Review | Edição 1: Tendências do E-commerce para 2022, resultado da parceria entre a retailtech bornlogic e a empresa de pesquisa de mercado Opinion Box. Produzido em setembro de 2021, o levantamento ouviu 2.129 consumidores distribuídos por todo o Brasil.
De acordo com a pesquisa, quase metade dos entrevistados afirmaram querer fazer mais compras pela internet no próximo ano. E, cada vez mais, as redes sociais têm tido maior impacto na decisão dos consumidores – 65% das pessoas têm o hábito de pesquisar os produtos nas redes sociais e 69% já compraram produtos que viram em anúncios nessas plataformas.
A união das lojas físicas com as virtuais é uma forte tendência que deve ganhar ainda mais espaço no futuro, já que muitos consumidores começam a jornada de compra em um canal e terminam em outro: 74% dos entrevistados já pesquisaram o produto na internet e realizaram a compra em loja física, enquanto 84% confirmam ter experimentado o produto em loja para depois comprar online.
A consulta com o vendedor é um dos principais motivos para as compras presenciais. A boa notícia é que os consumidores estão abertos a se consultar com vendedores também pelo e-commerce – 46% dos entrevistados já realizaram compras por atendimento via WhatsApp, Facebook e outras redes sociais. Eles apontam que o vendedor pode ser decisivo na hora de fechar uma compra, já que trabalha tirando dúvidas, auxiliando no modo de uso e dando mais confiança no produto e no processo.
"O comércio online, que foi ainda mais impulsionado durante a pandemia, vive seu auge e os números comprovam isso. Mas nos chama atenção o protagonismo que o vendedor vem tendo, mesmo no ambiente virtual. A tecnologia, sem dúvida alguma, pode encurtar distâncias e agilizar alguns processos, mas os resultados apontam para uma valorização do calor humano, mesmo quando o canal é digital", afirma André Fonseca, CEO da bornlogic.
Para Dani Schermann, Head de Marketing do Opinion Box, as empresas já podem se planejar com mais perspectiva: "2020 foi um ano em que tornou-se muito difícil prever até o futuro mais próximo. Nenhum de nós sabia o que aconteceria na próxima semana ou no próximo mês – imagine então no próximo ano. Agora, enquanto parecemos caminhar para uma volta ao que consideramos a normalidade, já conseguimos olhar com mais clareza para o que vem por aí. Mais do que nunca, olhar para frente, encontrar tendências e se preparar para o futuro se tornou muito importante para as empresas."
Categorias mais populares
O estudo traz ainda destaque para o crescimento de categorias como Alimentos e Bebidas, cujos produtos já são comprados por 38% dos consumidores, e Moda e Acessórios, que venceu a barreira do "quero experimentar antes de comprar" e hoje já é acessada por 55% dos entrevistados.
Eletrônicos (59%), Telefonia (57%) e Eletrodomésticos (56%) aparecem como os setores mais procurados para compras virtuais. Enquanto produtos infantis e para Jardinagem são os menos comprados pela internet, com 17% e 8% respectivamente.
Motivos para não comprar
Os motivos que fazem um cliente desistir da compra podem funcionar como boas dicas para melhorar o negócio: 94% já deixaram de comprar pelo valor do frete; 89% por causa de avaliações negativas de outros clientes e 84% por medo do anúncio ser uma fraude. Destacam-se ainda 82% dos entrevistados que não concluíram uma compra por medo do produto não ser do tamanho certo e 78% por causa do prazo de entrega longo.
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