EAM: a tecnologia que apoia a segurança do trabalho

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Os riscos são umas das principais preocupações dos gestores, que investem tempo avaliando a complexidade dos projetos para compreender as ações que podem impactar a companhia. Por isso, quando se trata de segurança, a redução de riscos surge como uma missão, e os profissionais da área sempre alertam  que a maioria dos incidentes têm origem em três fontes: pessoas, equipamentos e ambiente – ou, geralmente, na combinação desses fatores. Dentro de um cenário econômico desafiador, em que as paradas geram perdas incalculáveis e causam uma avalanche de problemas, a adoção de tecnologias capazes de prever incidentes, como o EAM (Enterprise Asset Management, em inglês) devem ser consideradas para minimizar o risco de perdas que ameacem a segurança em uma organização.

Para ilustrar como a falta de investimentos em ferramentas proativas coloca em xeque a segurança, há diversos casos no Brasil em que as perdas prejudicaram pessoas, o meio ambiente e a marca, como o emblemático caso da Samarco, em Mariana, Minas Gerais, que deixou rastros de destruição na comunidade e arredores; quando falamos em segurança no trabalho, as estatísticas também lembram que entre 2015 e 2016, mais de 25,2 mil acidentes foram registrados pela Previdência Social, no Brasil, envolvendo ferramentas, máquinas, equipamentos, veículos, dentro do ambiente interno das empresas. Hoje, a Previdência Social gasta o equivalente a R$ 1,00 a cada 7 minutos em acidentes de trabalho de profissionais registrados, e o número só cresce. Quer ver?  Acesse o Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, do Ministério Público.

Claro, que muitos desses eventos estão associados ao descuido do ser humano em relação às boas práticas de segurança que impactam a economia do Brasil e das empresas. No entanto, a tecnologia tem o papel de apoiar a criação de políticas para minimizar as não conformidades que colocam as operações em risco. Hoje, as funções dos softwares de manutenção e gestão de ativos (EAM – Enterprise Asset Management, em inglês) vão além da gestão básica de ativos físicos e industriais, pois com machine learning e inteligência artificial, a comunicação entre máquinas e previsões baseadas em fatores reais pode evitar problemas sérios de segurança. E são esses que impactam os negócios, pessoas reais e o próprio meio ambiente de uma maneira séria. Há ações simples, que podem facilitar a comunicação entre empregador e empregado e evitar falhas graves. Veja: 

  • Empodere as pessoas da sua empresa:

Talvez, a parte mais difícil seja administrar pessoas. Por isso, embora não seja possível estar em todos os lugares em todo tempo, é possível criar processos de segurança para que esse item seja parte integral de todas as atividades da empresa. É claro que tudo começa no planejamento, dessa forma, permitir que as pessoas estejam envolvidas com o reporte de problemas pode ser um bom começo.

  • Crie processos simples e intuitivos

Uma organização que pretende eliminar acidentes e erros precisa entender que as necessidades de segurança são parte do dia a dia das operações. É preciso criar processos simples de serem assimilados por todos os envolvidos no processo produtivo. Para que questões como identificação de perigos, instruções básicas e avançadas de segurança, sejam facilmente assimiladas por pessoas de diferentes culturas e níveis de escolaridade.

  • Crie uma rotina de segurança:

O problema é que o assunto Segurança é tratado como uma medida tardia e não preventiva. Criar um check list de segurança não é difícil, e pode ser feito por meio dos dispositivos móveis. No entanto,  o reforço das ações básicas depende da força de vontade da organização de incluir o item no processo diário da empresa.

  • Adote um EAM

Em todas as organizações há não conformidades que precisam ser geridas e monitoradas, e soluções de gestão de ativos, conhecidas como EAM, permitem identificar as situações que colocam em risco os custos e a qualidade da empresa. É preciso deixar a tecnologia fazer a parte mais difícil, pois o EAM pode cuidar e monitorar todos os ativos da empresa, permitindo a manutenção preventiva e baseada em uso (preditiva) e a visibilidade sobre o andamento dos processos, como a inspeção periódica às medidas de segurança. Por meio dos KPIs (indicadores de performance), é possível mensurar o sucesso da implementação de  programa de manutenção e dar ao público interno o acesso às informações que podem evitar grandes perdas.

Gabriel Lobitsky, diretor de vendas da Infor para Brasil e Sul da América Latina.

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