À medida que nos aproximamos de um mundo baseado em nuvem, as organizações buscam criar uma vantagem competitiva por meio da tecnologia. Compreender este processo vai além dos serviços em nuvem, intrinsecamente tem tudo relacionado a sua própria transformação digital e o que elas esperam do futuro.
O primeiro painel do Cloud Evolution Forum, nesta quarta-feira, 29, buscou junto aos executivos e especialistas entender como a transformação digital impulsiona o uso da cloud. Maurício Fernandes, presidente da Dedalus, foi taxativo ao dizer que não há transformação digital sem cloud. "Não haveria transformação sem a nuvem. Ela é responsável pela renovação no mercado e tem o papel importante de evangelização", assegurou.
Como contou o executivo da Dedalus, houve muito investimento dos players para se desenvolver tecnologia para sustentar a quantidade de dados, implementar segurança, guardá-los, classificá-los e disponibilizá-los de forma adequada para as estratégias dos negócios. "Tudo isso faz parte de uma jornada das empresas de transformação das empresas. A pandemia mudou a ordem das coisas. Este fato levou as organizações a pensarem diferente o home office, a explosão das vendas on-line e até mesmo a forma de manter a coesão das empresas. Tudo teve de ser feito rapidamente, mas isso levou a considerações sobre outro desafio: a atenção à governança. Agora já estamos numa outra fase desse processo, na hora revisão, do manter ou como implementar e escalar estas potencialidades", disse.
Para Igor Dsiaducki, Innovation and Digital Transformation Sales Development Leader no SAS, o uso da cloud foi um habilitador da transformação digital nas empresas, sendo as expectativas principalmente em relação a custos um de seus desafios.
"A relação entre as expectativas e os desafios nas organizações é uma realidade hoje, principalmente nos novos cenários e nas diversas necessidades existentes. Desafios como o da conectividade, por exemplo, a migração de plataformas e os novos modelos de relacionamentos com consumidores e colaboradores são realidade para a grande maioria", observou.
Como usuário de modelos de cloud, Walter Sanches, CIO da Termomecanica, teceu uma análise de como a nuvem habilita a estratégia das companhias nos dias atuais. De acordo com o executivo, a implementação do uso de cloud deixou de ser apenas uma questão técnica para ser uma questão de negócios. "A nuvem é óbvia. Não há estratégia eficiente se nuvem. E isso é responsabilidade da TI. Mas é responsabilidade da TI também a gestão cloud para empresa, seus custos, os ganhos assim como as métricas, a segurança pois representa os ativos intangíveis das companhias possuir uma infraestrutura eficiente dentro desse meio ambiente", afirmou.
Roberto Gerent, executivo de contas da Huawei, destacou a atenção aos ambientes seguros necessários para os negócios baseados em dados, no apoio à tomada de decisão dos gestores e no analytics que estão por trás das integrações da tecnologia. "A tecnologia proporciona hoje um ambiente mais seguro para interação entre as pessoas, entre os usuários, promovendo mais elasticidade, mais eficiência na experiência de uso de dados do que havia há 10 anos atrás. A pandemia evidenciou como é necessário haver mais atenção aos ambientes tecnológicos e a necessidade de uma elasticidade entre as escolhas para que empresas e clientes tenham o melhor desses ambientes virtuais", disse.
Jarel Birck da Silva, diretor de delivery da Amber Serviços de Tecnologia, lembrou que a transformação digital das empresas é precedida pelo apoio da tecnologia em vários campos. "Esse caminho não tem volta. o uso de cloud nunca foi tão acessível e consequentemente habilita essa transformação. Antes era utilizada somente em missão crítica, mas agora a experimentação vai até os modelos SaaS ou gratuitos dependendo daquilo que a organização deseja e necessita", argumentou. Para o executivo, o movimento em direção à nuvem já está consolidado e faz a diferença no mercado entre a existência/sobrevivência das companhias ou sua extinção.