Skype firma acordo com a Transit para serviços de VoIP

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Depois de anunciar a abertura de um escritório no Brasil, no fim do ano passado, a Skype, companhia internacional de comunicação via internet, deu mais um passo para ampliar presença no País. A empresa anunciou uma parceria com a Transit Telecom, quarta maior autorizatária nacional, segundo o Atlas Brasileiro de Telecomunicações, da TELETIME, para o oferecimento do SkypeIn, serviço de recebimento de chamadas pelo computador ou telefone, com número fixo.

A Skype busca a cobertura da Transit que está presente em 41 pontos, nas principais capitais do País. "Até o final de 2006 devemos expandir para cem pontos de presença, o que nos coloca como a 2ª maior companhia, atrás apenas da Embratel?, afirma Alexandre César Alves, vice-presidente de telecomunicações e marketing da empresa.

Geoffrey Prentice, diretor geral e co-fundador da Skype, destacou que o Brasil é o 5º maior mercado para a companhia e prevê fazer parcerias semelhantes em outros países da América Latina. Para ele, a concorrência da Skype não é predatória porque usa a rede pública para originar as chamadas e paga tarifa de interconexão. ?Geramos mais tráfego para as operadoras?, diz Prentice.

O Skype registra 240 milhões de downloads de seu sistema para comunicação via IP e 75 milhões de usuários. A empresa não divulga a previsão do número de assinantes no Brasil, mas segundo Carlos Pires de Albuquerque, diretor de alianças da América Latina, o foco são usuários domésticos e o mercado corporativo. A Transit, por exemplo, conta com 17 mil usuários residenciais e 38 mil empresas nas regiões Sul e Sudeste.

Além do serviço via computador, os assinantes poderão instalar telefones IP da Linksys e de outros fornecedores.

O serviço já está disponível em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Campinas, Santos, Joinville, Caxias do Sul e São José dos Campos, e em breve chegará em Brasília e Salvador, informa o vice-presidente de marketing e tecnologia da Transit, Alexandre Alves.

O serviço SkypeIn apenas recebe ligações (as chamadas são realizadas pelo SkypeOut, já oferecido pela Skype) e pode ser adquirido pelo site da companhia com cartão de crédito internacional. A assinatura de três meses custa cerca de R$ 30 (10 euros) e a de 12 meses aproximadamente R$ 90 ( 30 euros).

Operadoras apóiam iniciativa

As operadoras GVT, Hip Telecom e Tmais acham positiva a parceria da Skype com a Transit Telecom. De acordo com o vice-presidente de VoIP da GVT, Rodrigo Dienstmann, o negócio deve difundir o uso da tecnologia VoIP no País. ?Trata-se de uma tendência no setor de telefonia?, afirma. Para o presidente da Tmais, José Francisco Cavalcanti, o mercado é grande e há espaço para todos.

Para a Hip Telecom, essa parceria não é novidade. A empresa conta com um acordo de serviços com a norte-americana Net2phone desde julho do ano passado. As três operadoras também são autorizatárias do STFC (Serviço Telefônico Fixo Comutado) e oferecem números fixos para assinantes IP.

A GVT, por meio de sua marca Vono, oferece desde dezembro a possibilidade de realizar chamadas interurbanas via internet, com preço de ligação local para 146 cidades brasileiras, sem taxa de instalação do serviço e mensalidade fixa. E há mais de um ano opera o sistema web phone, posteriormente substituído pelo Vono.

A GVT e a Tmais não têm acordos com empresas internacionais. ?Estamos estudando aumentar a abrangência da Vono no exterior, focado nos brasileiros que residem fora do País?, diz Dienstmann, da GVT. As metas da Tmais para 2006 são adquirir plataformas de VoIP próprias e chegar ao final do ano com 160 mil assinantes.

Quase parceria

Uma curiosidade em relação à Skype no Brasil: uma das primeiras sondagens da empresa em território brasileiro se deu através da Net Serviços, operadora de cabo. As negociações estavam avançando e o acordo chegou perto de ser fechado, quando então a Telmex adquiriu participação da Globo na operadora. Isso fez com que a Net mudasse seus planos, e agora entrará no negócio de telefonia em parceria com a Embratel, controlada pela Telmex.

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