Aproveitando a Campus Party 2014 em São Paulo, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta quinta-feira, 30, o lançamento de um aplicativo móvel para auxiliar as chamadas de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Além de poder acionar o SAMU e utilizar o GPS do aparelho para exibir a localização exata da ocorrência, o app integra o Facebook e o Waze. A ideia é usar a rede social para oferecer ao usuário a possibilidade de avisar parentes ou amigos da situação. Para os gestores de saúde, os mapas do aplicativo de tráfego permitem checar onde estão as ambulâncias, se estão paradas e por qual motivo.
O cidadão informa no aplicativo dados de saúde básicos, como plano privado (se tiver), se é hipertenso, diabético ou se tem alguma alergia. Essas informações ficam disponíveis para a equipe de atendimento ao ser efetuado o chamado. O usuário que solicitar o serviço poderá acompanhar qual unidade foi acionada, o percurso da ambulância, o atendimento ao paciente e a transferência eventual para uma unidade de pronto-socorro.
"A pessoa que usar o app terá o reconhecimento da localização, e isso faz a ambulância chegar mais rápido", destacou Padilha em conversa com jornalistas. O ministro revelou que o primeiro teste será no Carnaval de Salvador e durante a Copa do Mundo.
Ao menos por enquanto, a iniciativa está limitada à capital baiana e às cidades de Curitiba e Londrina (PR), pois são os municípios onde já está funcionando o sistema E-SUS SAMU, que informatiza as unidades de atendimento. As centrais que não aderiram ainda ao sistema informatizado serão "convidadas" a conhecer a ferramenta a implantar o sistema até dezembro de 2014. As unidades que já possuem outros sistemas de gestão informatizados poderão solicitar adequação ao programa. O governo diz que, a partir de março, o sistema será implantado em 76 centrais em todo o País, até porque prevê conseguir levar a conectividade a essas unidades. "O ministério fechou contrato com operadoras de banda larga do Brasil, e todos os postos terão o acesso à banda larga bancado para podermos colocar apps e serviços e tornar o atendimento mais ágil à população", destacou Padilha.
O app está disponível para sistemas operacionais iOS e Android.
Para funcionários do SUS
O ministro lançou também nesta quinta um segundo aplicativo, o MedSUS, direcionados a funcionários da rede pública de saúde. Com o app, o profissional de saúde tem acesso a informações de 777 medicamentos, como bula, princípio ativo, nome comercial, apresentação e indicação, além de possibilitar criar lista de remédios favoitos. "Ele também tem uma calculadora para medir a dose correta da medicação (de acordo com informações do paciente), que é um grande problema da rede pública, não só no Brasil", explicou Moacir Esteves Perche, representante da área de tecnologia do Ministério da Saúde.
A ferramenta será usada na qualificação para o programa Mais Médicos. "Todos (os novos profissionais) serão capacitados para utilizar o app, que estará disponível nos tablets do programa, para orientar a prescrição de medicamentos", detalha Perche.
Concurso
Alexandre Padilha propôs ainda durante a Campus Party que os desenvolvedores se inscrevessem em um programa para receber sugestões de soluções de TI que melhorem a saúde pública e a transparência dos serviços. A iniciativa será lançada no segundo semestre do ano.