Mitel anuncia joint venture com EBX no mercado de comunicações IP

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Até o fim de maio ou começo de junho deve ser anunciada oficialmente a criação de uma joint venture entre a empresa canadense de comunicações IP, Mitel Networks, com sede em Otawa, com o grupo carioca EBX, do empresário Eike Batista.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 31, no Consulado do Canadá, em São Paulo, pelo executivo Terence H. Matthews, fundador e presidente do board da companhia, e o presidente da operação brasileira, Paulo Ricardo Pinto. Eles não revelaram, porém, o investimento na joint venture nem os termos do pré-acordo.
Matthews explicou que a empresa está em "período de silêncio" devido à operação de abertura de capital (IPO) que está em andamento na bolsa eletrônica Nasdaq. A única informação que o executivo adiantou é que a nova empresa terá participação acionária majoritária nacional e que levará um sufixo "X" como as demais empresas da holding EBX.
A Mitel já atua no Brasil desde maio de 2007, por meio de um escritório comercial no Rio de Janeiro, que tem cerca de 20 funcionários, e de cinco canais de distribuição. Ela tem 80 escritórios espalhados em 90 países e emprega 3,5 mil funcionários. No ano passado, faturou mais de US$ 1 bilhão. Aqui no país a empresa conta com uma carteira na qual figuram clientes como Banco Icatú, Arbi, grupo Starfish, Secretaria de Segurança do Amazonas, entre outros.
A empresa pretende também começar a fabricação local de aparelhos PABX IP até o fim deste ano, mas ainda não definiu qual será a empresa montadora, apesar de ter parceria coma Flextronics em diversos países. "Também montaremos um centro de pesquisa e desenvolvimento nesse prazo, informou Ricardo Pinto, acrescentando apenas que ele não será no Rio de Janeiro.
Modelo de negócio
De acordo com Matthews, a Mitel tem hoje no Brasil 5% de mercado de PABX chamados de puro IP. "Nossa solução é baseada em software, pode ser hospedada em qualquer tipo de servidor e usada como serviço dentro do conceito de cloud computing", explica. "Nossa solução permite executar a telecolaboração, em que profissionais em diversos pontos podem alterar documentos de forma colaborativa."
A aproximação com a EBX aconteceu quando a Mitel pretendia vender sua solução para o grupo, que agora, além de se tornar um cliente importante no segmento petrolífero também será o controlador da joint venture.
Além do portfólio da Mitel, a empresa deverá representar outros produtos do grupo WesleyClover, controlado por Matthews, como a March Networks que fornece soluções inteligentes de vigilância com câmeras IP.
A Wesley Cover é uma holding que desenvolve negócios com empresas de tecnologia e imóveis (construção de resorts cinco estrelas). De acordo com Matthews, seu modelo de sucesso nos negócios de TI é investir em soluções inovadoras, com universitários recém-formados, que estão motivados e aceitam receber menores salários em troca de ações de um projeto com crescimento meteórico. Das 80 empresas que investiu apenas cinco não deram certo, afirma ele. A mais conhecida foi a Newbridge, vendida para Alcatel em 1999.
A linha de produtos da Mitel inclui sofware para soluções de colaboração, de convergência fixo-móvel, contact center, messaging, trabalho remoto e vários modelos de IP Phone.

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