Caminho trilhado por praticamente todos os fabricantes de equipamentos e sistemas de autoatendimento para o setor bancário, a NCR também decidiu apostar no segmento de varejo brasileiro e acredita que ele será o grande impulsionador do crescimento da operação local neste ano. Segundo o diretor-geral da NCR no Brasil, Elias Rogério da Silva, o varejo hoje representa 10% do faturamento da companhia no país, mas a meta é expandir esse percentual para que a subsidiária cresça de "cinco a seis vezes" nos próximos cinco anos.
De acordo com o executivo, para atingir essa meta a estratégia será a venda por meio de canais e parceiros de negócios. Sem revelar nomes, ele explica que essa foi forma encontrada pela empresa para expandir a atuação geograficamente, de maneira rápida e constante.
O modelo de canais, segundo Silaine Benzobás, gerente da divisão de varejo da NCR Brasil, foi escolhido porque o foco, por enquanto, é a ponta do mercado. Ela conta que o principal mercado que a companhia pretende atingir é o dos pontos-de- venda. "São os clientes dos clientes e para isso a companhia precisa de capilaridade."
O anúncio da entrada no mercado de varejo foi feito no fim do ano passado, quando a NCR deu início à produção de algumas soluções de autoatendimento para o varejo na fábrica de Manaus, na qual foram investidos R$ 73 milhões (veja mais informações em "links relacionados" abaixo).
Segundo Elias, o Brasil hoje representa cerca de 2% da operação mundial da NCR, mas a meta é que fique entre os 3% e 5% nos próximos anos. Ele, no entanto, não quis arriscar um prazo para atingir essa meta. O executivo reconhece que são taxas de expansão agressivas, mas ele acredita que devem ser alcançadas, e talvez até ultrapassadas, em razão da prespectiva de manutenção do crescimento econômico do Brasil.
A operação latino-americana, segundo John Gregg, vice-presidente da NCR para a região, deve crescer no mínimo dois dígitos, embora não revele cifras, já que a companhia não divulga dados regionais.
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