Com plano de demitir entre 15% e 30% do seu quadro de funcionários neste ano, a IBM deve anunciar nos próximos dias o corte de 2 mil postos de trabalho em toda a Europa, de acordo com o Watching IBM, página no Facebook criada por um grupo de funcionários e aposentados da companhia que traz notícias e informações de interesse específico e geral.
A primeira rodada de demissões deve ocorrer na Alemanha, onde está prevista a dispensa de 900 funcionários. Ainda de acordo com o grupo, outros 225 empregados devem ser demitidos em seguida na Suécia e 160, na Dinamarca.
O jornal Berlin Morning Post, além do Watching IBM, cita o sindicato Verdi, que estaria em negociações com a IBM sobre as demissões, aliás, as primeiras efetuadas na Alemanha desde que a companhia por lá aportou. Boa parte dos cortes na subsidiária alemã deve ocorrer nas unidades de soluções de negócios, suporte e gerenciamento de negócios e serviços de tecnologia. Segundo o Watching IBM, as dispensas serão efetuadas de forma gradual, dentro dos próximos 12 meses.
Apesar dos novos cortes, a IBM deve continuar abrindo vagas de emprego em todo o mundo para novas competências em áreas de crescimento como computação em nuvem, analytics, segurança e tecnologias sociais e móveis, disse a empresa ao site The Register no início deste mês de março.
Demissões nos EUA
A situação não deve ser diferente do outro lado do Atlântico. O Watching IBM afirma que "a próxima rodada iminente de demissões" deve ocorrer nos Estados Unidos, onde a empresa deve demitir 17% da força de vendas de tecnologia, a partir de 30 de junho. Os cortes serão um contraponto à abertura de novos postos de trabalho para a unidade de código aberto, cujo codinome é Projeto Solitaire.
Além disso, a IBM deve promover cortes em outros países. O Watching IBM diz que estão previstas demissões de 100 funcionários na subsidiária chilena, bem como de empregados da equipe voltada a soluções SAP da companhia nas Filipinas.
A IBM vem tentando reverter a queda na receita de seu negócio tradicional, depois que a CEO Ginni Rometty decidiu transformar a gigante da tecnologia, de 103 anos, em uma empresa mais ágil, como foco em áreas de crescimento como computação em nuvem, analytics, mobilidade e tecnologias sociais. Ocorre que essas áreas ainda não estão gerando receita suficientemente rápido para compensar a queda na demanda por serviços tradicionais e o negócio de hardware.