Gartner: 55% das empresas que implementam IA priorizam a tecnologia em novos casos de uso

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Um novo levantamento do Gartner revela que 55% das organizações que implementam Inteligência Artificial (IA) consideram a tecnologia para todos os seus novos casos de uso. Mais da metade das organizações (52%) relatam que fatores de risco são considerados críticos ao avaliarem casos de uso de Inteligência Artificial.

"Uma estratégia que prioriza a Inteligência Artificial é marca registrada da maturidade da tecnologia e um impulsionador do aumento do retorno sobre o investimento", diz Erick Brethenoux, vice-presidente e analista do Gartner. "No entanto, a estratégia de Inteligência Artificial não se resume apenas a uma ferramenta. Embora as organizações maduras no uso da Inteligência Artificial sejam mais propensas a considerar a tecnologia para todos os casos de uso possíveis, elas também têm mais chances entender o risco como um fator crítico ao determinarem se devem seguir em frente".

A pesquisa do Gartner foi realizada de outubro a dezembro de 2022 com 622 entrevistados de empresas dos Estados Unidos, França, Reino Unido e Alemanha que implementaram Inteligência Artificial.

O Gartner define uma companhia como 'madura em Inteligência Artificial' quando já implantou mais de cinco casos de uso em várias unidades e processos de negócios por mais de três anos. Em todas as empresas, os entrevistados implantaram uma média de 41 casos de uso de Inteligência Artificial, permanecendo em produção por um período de pelo menos 3 anos e meio. Tanto o número de casos de uso quanto o tempo de produção aumentaram conforme o tamanho das companhias, tendo empresas globais registrado uma média de 51 casos de uso em produção por 4 anos e 3 meses.

Duração média dos casos de uso de Inteligência Artificial na produção


Fonte: Gartner (Julho 2023)

Empresas maduras em Inteligência Artificial envolvem assessoria jurídica na concepção
O diferenciador mais significativo identificado entre as empresas maduras em Inteligência Artificial foi o envolvimento da assessoria jurídica na fase de concepção dos casos de uso da tecnologia.

As empresas apontaram 3,8 vezes mais chances de envolver especialistas jurídicos na fase de concepção do ciclo de vida de um projeto de Inteligência Artificial.

"Há incerteza sobre a ética e a legalidade de várias táticas de Inteligência Artificial, bem como o medo de violar os regulamentos de privacidade", diz Brethenoux. "As companhias que são mais experientes com a tecnologia não querem ser informadas de que passaram do limite, uma vez que estão mais avançadas no processo de desenvolvimento de casos de uso de Inteligência Artificial."

Empresas maduras em Inteligência Artificial avaliam retorno sobre investimentos
Ao avaliar o retorno do investimento em Inteligência Artificial, 52% das empresas maduras no uso da tecnologia se concentram em uma combinação de métricas técnicas e de negócios para avaliar o retorno sobre os investimentos (ROI). Companhias menos maduras acabam se concentrando em métricas técnicas apenas.

Empresas mais maduras em Inteligência Artificial – 41% em comparação com 24% de todas as outras – usam métricas de negócios relacionadas ao sucesso dos clientes para estimar a medição de resultados. Além disso, 47% dessas empresas mais avançadas citam o atendimento aos clientes como uma das três principais atividades de negócios que se beneficiam da Inteligência Artificial, em comparação com 34% das outras.

"Muitos líderes de negócios e de TI se concentram no impacto da Inteligência Artificial na otimização e produtividade, mas não se prospera com cortes de custos", diz Brethenoux. Para ele, as empresas que usam a tecnologia para atrair e reter clientes são capazes de articular com mais clareza o impacto nos negócios, conduzindo para um ciclo virtuoso positivo inclusive para novos projetos de Inteligência Artificial. Companhias amadurecidas no uso de Inteligência Artificial também são mais propensas a definirem métricas no início do ciclo de vida dos projetos com essa tecnologia. 67% das empresas maduras definem métricas na fase de concepção, em comparação com 44% das organizações menos maduras.

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