ONG que fiscaliza Foxconn vê melhora nas fábricas

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A Fair Labor Association (FLA), responsável por fiscalizar as condições de trabalho nas unidades da Foxconn a pedido da Apple, divulgou relatório no qual reconhece o cumprimento de 284 recomendações feitas à fabricante chinesa. A organização não governamental traçou 76 ações adicionais que devem ser adotadas até julho do próximo ano.

De acordo com o documento, 195 itens foram cumpridos dentro do prazo e 76 foram atingidos após a data estabelecida. O plano conduzido pela organização a pedido da fabricante americana em fevereiro mostrou progresso em medidas imediatas de saúde e segurança. "Quando finalizamos nossa investigação inicial em março, a Foxconn prometeu endereçar nossas preocupações com programas internos de garantia de fim de horas extras para estudantes, trabalho dentro de sua linha de estudo e liberdade para encerrar estágios a qualquer momento", enumerou o CEO da FLA, Auret van Heerden.

A companhia chinesa é acusada de manter condições extenuantes de trabalho, evidenciada após uma onda de suicídios de funcionários e acidentes responsáveis por dezenas de feridos. Seu presidente, inclusive, chegou a comparar os empregados a animais. Além da Apple, a Foxconn é fornecedora de diversas empresas de tecnologia como HP, Dell, Sony, entre outras.

A Foxconn também atingiu os limites de horário de trabalho em coerência com a legislação Chinesa, reduzindo para 60 horas semanais (incluindo extras) e possibilitando a diminuição para 49 horas com compensações aos trabalhadores, segundo a ONG. Essa mudança foi considerada a mais significativa.

"A nova fase de melhoras será um desafio para a Foxconn porque envolvem transformações no ecossistema de negócios, e inevitavelmente causarão incertezas e ansiedade aos funcionários", espera van Heerden. Uma delas é a extensão do seguro-desemprego a trabalhadores vindos de outras cidades para a unidade da cidade de Shenzhen, uma das maiores da companhia, a partir de janeiro. Segundo a FLA, o próximo relatório está planejado para daqui a dez meses, mas as auditorias até lá serão contínuas.

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