A polícia indiana acusou dois auditores da subsidiária da PriceWaterhouseCoopers (PwC) na Índia de conivência com o fundador e ex-presidente da Satyam Computer Services, B. Ramalinga Raju, na fraude contábil no valor de US$ 1 bilhão. Ambos estão sob custódia judicial e ficarão detidos enquanto polícia judiciária investigar o caso, junto com outros acusados.
"Durante o interrogatório [os auditores, Subramani Gopala Krishnan e Talluri Srinivas] confessaram o envolvimento no crime", afirmou o investigador N. Balaji Rao, superintendente adjunto da polícia, em documento encaminhado ao Tribunal de Hyderabad solicitando a custódia por 15 dias, segundo o jornal britânico Financial Times. "Eles também estiveram em conluio… na fraude da contabilidade da empresa para atrair investidores."
A acusação da polícia é que os auditores participaram ativamente da "maquiagem" dos números, que já vem sendo considerada pior fraude corporativa da Índia.
Embora a empresa tenha se mantido em silêncio sobre o caso, recusando-se a comentar as acusações contra os auditores, ela tem mantido contato permanente com eles. Esta semana, o presidente mundial da companhia, Sam DiPiazza, foi a Mumbai para examinar o caso. Até agora, a única medida tomada pela PwC foi a suspensão dos dois auditores das suas funções, na sequência de suas detenções, e os manteve como sócios.
A detenção dos auditores é um sinal da ampliação do processo para além do núcleo familiar de Ramalinga Raju, que segundo a polícia indiana manipulou os balanços durante sete anos. Ele, bem como do ex-CEO, o seu irmão B Rama Raju, e o ex-diretor financeiro, Srinivas Vadlamani, foram detidos para interrogatório.
A PwC diz estar cooperação plenamente com a polícia e disse que os auditores tinham vindo trabalhar com as autoridades no caso. "Nós não sabemos por que eles foram detidos", disse a empresa em comunicado.
- Sob suspeita