As empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus faturaram US$ 41 bilhões no ano passado. O resultado superou em US$ 1 bilhão a meta estabelecida pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e representa o melhor desempenho já registrado desde que a autarquia começou a divulgar os indicadores do polo. Em reais, o faturamento apresentou um crescimento de 11,24% (R$ 68,7 bilhões em 2011 contra R$ 61,8 bilhões em 2010), três vezes maior que as estimativas mais otimistas para o Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
Entre os destaques estão os fabricantes de televisores com tela LCD/LED e de telefones celulares que faturaram, respectivamente, US$ 6,7 bilhões e US$ 2 bilhões. Os celulares também figuraram entre os produtos mais exportados, com 2,8 milhões de unidades vendidas para o mercado externo.
Segundo a Suframa, a geração de empregos também foi recorde: a média mensal de mão de obra chegou a 119.445 vagas, acima da média pré-crise de 2008, quando 106.914 vagas foram mantidas no polo. O setor eletroeletrônico foi o destaque, fechando o ano com 50.028 empregos diretos, seguido pelo setor de veículos de duas rodas (21.120) – motocicletas, motonetas e ciclomotos ¬– e de termoplásticos (11.627).
A Suframa diz que, historicamente, os meses de setembro, outubro e novembro são os de melhor desempenho no polo, com natural "esfriamento" da produção a partir de dezembro. No ano passado, porém, alguns produtos tiveram uma produção maior no último mês do ano do que em novembro. Foi o caso dos receptores de sinal de televisão, dos rádios e aparelhos de reprodução portátil, dos condicionadores de ar de janela, das lâminas de barbear e dos aparelhos telefônicos (incluindo porteiros eletrônicos). Este último item saiu de uma produção mensal de 116,7 mil unidades em novembro para 185,9 mil no fim de 2011.
Durante a reunião do Conselho de Administração da Suframa, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, apontou a necessidade de ampliar os investimentos em infraestrutura na Zona Franca, com o uso de recursos da taxa administrativa cobrada das empresas do Polo Industrial de Manaus. “Temos que recuperar as taxas que a Suframa arrecada e envia para o governo federal”, explicou. “O que a Suframa arrecada ainda é muito maior do que o que ela recebe, então nós temos que buscar uma forma de compensar isso”, completou.