Pacientes esperam melhora dos serviços de saúde com o uso de tecnologia móvel

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Facilitar o acesso aos médicos ou provedores de serviços de saúde (46%), reduzir as despesas pessoais (43%) e ter maior controle sobre sua própria saúde (32%) são as principais razões que levam as pessoas a usar serviços de saúde por meio de dispositivos móveis, o chamado “mHealth”. Globalmente, metade dos pacientes espera usufruir destes benefícios nos próximos três anos.

A pesquisa diz que a disseminação destes serviços é tida como inevitável em todo o mundo. A diferença será a velocidade de adoção nas diferentes regiões de acordo com as condições e obstáculos em cada uma. Os países emergentes devem liderar este avanço, de acordo com a tendência revelada na pesquisa “Aplicativos móveis em serviços de saúde: o caminho para a evolução” (“Emerging mHealth: Paths for growth”, em tradução livre).

Nos mercados emergentes, mHealth é percebido como uma alternativa para ampliar o acesso aos serviços de saúde, enquanto nos desenvolvidos é considerado como uma melhoria no acesso, no custo e na qualidade dos serviços. Nestes, a incorporação dos meios móveis é mais difícil devido à ruptura do status quo e ao fato de que os novos modelos de negócios estão apenas começando a surgir. No entanto, há uma série de complexos entraves estruturais, regulatórios e culturais a serem superados tanto nas economias em desenvolvimento quanto, e especialmente, nas desenvolvidas.

Apesar de toda a expectativa, dos novos aplicativos e dos investimentos que vêm sendo feitos neste mercado, há um gap entre as demandas dos consumidores e a resistência dos prestadores de serviços tradicionais em aderir aos novos meios com a rapidez que os usuários desejam. “A prática da medicina apoiada por dispositivos móveis, como celulares, tablets e PDAs para informações e serviços de saúde terá grande impacto na prestação de serviços, alterando irreversivelmente as relações no setor”, afirma Carlos Suslik, diretor da PwC Brasil e especialista na área de Saúde.

Os benefícios do mHealth vão provocar mudanças fundamentais não só nas relações, mas também nos atuais modelos de negócios. Abordagens convencionais, nas quais os consumidores ficam à margem das decisões, em breve, não serão mais aceitas. “O poder proporcionado pela tecnologia provocará mudanças significativas nas demandas e preferências dos usuários, assim como aconteceu em outros setores, dando margem a um novo modelo focado no cliente”, explica Suslik.

Ainda há poucos modelos de negócios de mHealth com eficiência comprovada, mas é possível se espelhar nas transformações ocorridas em outros setores, como o de mídia, varejo e TI que sofreram a ruptura provocada pelo potencial de inovações tecnológicas e de novos modelos que a mobilidade proporciona. Empresas de telecomunicações, tecnologia e de outros setores devem despertar para as perspectivas do setor nos diferentes mercados e públicos.

Resultados da pesquisa:

*Entre os consumidores que já utilizam estes serviços, 59% disseram que já substituíram algumas visitas a médicos ou enfermeiros

*Quase a metade dos consumidores espera que os dispositivos móveis modifiquem o tratamento de doenças crônicas (48%), sua medicação (48%) e a saúde como um todo (49%).

*Seis em cada dez (59%) acreditam que mHealth modificará a forma como se informam sobre aspectos de saúde e 48%, a maneira como se comunicam com seus médicos.

*40% dos pacientes (e 25% dos médicos) são favoráveis ao monitoramento de sua saúde e atividades pelos por meio dispositivos e serviços móveis.

*27% dos médicos incentivam seus pacientes a usar aplicativos de mHealth para que se tornem mais proativos na gestão de sua saúde e 13% dos médicos até mesmo desencorajam a atitude

*42% dos médicos ouvidos demonstram preocupação com o fato de os pacientes se tornarem muito independentes (temendo a possibilidade de interpretações e diagnósticos feitos por conta própria sem embasamento suficiente).

*63% dos médicos no setor privado têm acesso a conexões sem fio enquanto no setor público, apenas 40%.

A pesquisa mapeou o uso das tecnologias móveis em serviços de saúde em mercados desenvolvidos e emergentes, como Estados Unidos, Reino Unido, Brasil, Índia, China, Alemanha, Espanha, Dinamarca, Turquia e África do Sul, identificando as barreiras à sua adoção e as oportunidades para empresas que atuam no setor.

Dos pacientes:

*44% usa o celular para monitorar a saúde (peso, dieta, exercícios físicos).

*43% contata os médicos por meio do celular ou outro dispositivo móvel.

*29% recebe lembrete para tomar medicação ou agendamento de consultas por dispositivo móvel.

Médicos:

*43% contatam pacientes por meio do celular ou outro dispositivo móvel.

*38% monitoram as condições de saúde dos pacientes ou o tratamento.

*38% acessam os registros eletrônicos de seus pacientes.

Os relatório completo com gráficos de apoio está disponível no endereço www.pwc.com/mhealth

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