A Accenture, consultoria de gestão, serviços de tecnologia e outsourcing, divulgou os resultados financeiros do quarto trimestre e do seu ano fiscal de 2009, encerrado em 31 de agosto, com queda na receita e no lucro. A receita líquida no trimestre totalizou US$ 5,15 bilhões, uma queda de 14% em relação aos US$ 6 bilhões registrados em igual período do exercício fiscal anterior, enquanto o lucro por ação foi de US$ 0,39, ante US$ 0,67 registrado no ano fiscal de 2008. O lucro operacional no trimestre foi de US$ 420 milhões e a margem operacional foi de 8,2%, ante US$ 785 milhões, ou 13,1% da receita líquida, registrados no quarto trimestre fiscal de 2008.
De acordo com o informe de resultados, a área de consultoria respondeu por US$ 2,91 bilhões da receita, uma queda de 19% na comparação trimestral anual, enquanto o segmento de outsourcing respondeu por US$ 2,23 bilhões, um recuo de 7% em relação ao quarto trimestre fiscal de 2008.
Já a receita líquida no ano fiscal totalizou US$ 21,58 bilhões, o que representa uma queda de 8% na comparação com os US$ 23,39 bilhões registrados no exercício fiscal anterior. A receita líquida, segundo a empresa, reflete um impacto cambial negativo de 8%. A área de consultoria respondeu por US$ 12,56 bilhões da receita total, uma queda de 11%, e o segmento de outsourcing respondeu por 9,02 bilhões, um declínio de 3%, comparado com o ano fiscal de 2008.
O lucro no ano fiscal, antes da remuneração dos acionistas minoritários, foi de US$ 1,94 bilhão, um queda de cerca de 12% na comparação com os US$ 2,2 bilhões registrados no exercício fiscal de 2008. Com isso, o lucro diluído por ação foi de US$ 2,44, ante US$ 2,65 registrados no ano fiscal de 2008. O lucro operacional no ano foi de US$ 2,64 bilhões e a margem operacional foi de 12,3%, ante US$ 3,01 bilhões, ou 12,9% da receita líquida, no exercício fiscal anterior.
A margem bruta (lucro bruto como percentual da receita líquida) para o ano fiscal foi de 31,7%, comparado com 30,7% no ano fiscal de 2008, uma expansão de 100 pontos-base, principalmente devido à melhoria das margens de contratos de terceirização.
A companhia atribui a queda no lucro por ação, lucro e margem operacional, tanto no trimestre como para todo o ano fiscal, a despesas com reestruturação de US$ 253 milhões. Os encargos com reestruturação estão relacionados ao desligamento de executivos da empresa, principalmente de nível sênior, e à consolidação global de imobiliário.
- Ano amargo