À medida que as companhias de exploração de petróleo e gás avaliam minuciosamente cada dólar investido, elas investem de forma mais inteligente em tecnologias digitais, buscando gerar valor e reduzir custos em meio aos baixos preços do petróleo e do gás praticados globalmente, aponta pesquisa realizada pela PennEnergy Research, sob o patrocínio da Accenture e Microsoft.
Ao longo dos próximos três a cinco anos, 80% das empresas de upstream (exploração e produção) de petróleo e gás pretendem investir o mesmo, mais, ou significativamente mais (30%, 36% e 14%, respectivamente) em tecnologias digitais do que o fazem agora, de acordo com a pesquisa, que chega a quinta edição. Este investimento contínuo em digital deve-se à confiança dos entrevistados de que as tecnologias digitais podem continuar a ajudá-los a estimular organizações mais enxutas e inteligentes.
Mais da metade (53%) dos entrevistados disseram que o digital já está agregando alto ou significativo valor a seus negócios. A redução de custos foi identificada pelos entrevistados como o maior desafio das tecnologias digitais atualmente. Além disso, os respondentes relataram que uma melhor e mais rápida tomada de decisão é o maior benefício que as tecnologias digitais podem proporcionar (56%), e que uma das maiores barreiras para a geração de valor é a falta de uma estratégia clara de negócio, e não a tecnologia em si.
Os atuais investimentos digitais se concentram mais em mobilidade, com 57% dos entrevistados relatando terem investido em tecnologias móveis, comparado a 49% na pesquisa do ano passado. Em seguida estão os investimentos em Internet das Coisas (IoT), com 44% este ano contra 25% em 2015; e a nuvem (38%), um aumento de 8% em relação ao ano passado. Ao longo dos próximos três a cinco anos, estes investimentos deverão ser impulsionados por big data e analytics (38%), Internet das Coisas (36%) e tecnologias móveis (31%).
Os entrevistados afirmam que, até o momento, o maior impacto do digital na força de trabalho para exploração de petróleo e gás foi o aumento da produtividade e o engajamento dos funcionários, seguido por uma melhor formação e oportunidades de requalificação. Para eles, o maior impacto da Internet das Coisas será permitir que os colaboradores em campo permaneçam conectados, com 60% dos respondentes planejando ter funcionários digitalmente ativos e conectados com dispositivos inteligentes.
De acordo com os entrevistados, a nuvem deixou de ser usada prioritariamente para infraestrutura e passou a ser uma facilitadora para ferramentas móveis. Esta tendência deverá crescer nos próximos três a cinco anos, conforme as empresas forem utilizando a nuvem para gerar valor, mais rapidamente que outras tecnologias digitais.
Enquanto 66% dos entrevistados identificaram o analytics como um dos recursos mais importantes para transformar a empresa, apenas 13% acreditam que as capacidades analíticas de sua corporação estejam maduras. Quase dois terços (65%) pretendem adotar mais capacidade analítica nos próximos três anos para ajudar a resolver esta necessidade.
A "Pesquisa de Tendências Digitais de Exploração de Petróleo e Gás", patrocinada pela Accenture e Microsoft, e conduzida pela PennEnergy Research em parceria com o Oil&Gas Journal, entrevistou engenheiros, geólogos e gestores de nível médio e executivos de companhias petrolíferas internacionais (IOCs, sigla em Inglês), companhias petrolíferas nacionais (NOCs, sigla em Inglês), empresas independentes e empresas de serviços de campo petrolífero.