As mídias sociais têm ganhado cada vez mais espaço no mundo corporativo. A tecnologia, além de aproximar o consumidor das marcas, também proporciona diversas oportunidades, estratégias de comercialização de produtos e até mesmo a captação de leads qualificados. Partindo do princípio de que quem acessa a Internet procura por conteúdo de seu interesse, investir em mídias sociais e gerenciar a maneira com que elas são trabalhadas, influencia muito no resultado final de um e-commerce.
Uma pesquisa disponibilizada pelo Facebook Brasil, em 2016, informou que houve cerca de 85% internautas brasileiros ativos. Deste número, 67% acessam as mídias sociais todo mês. Dados divulgados pelo artigo "Mobile Phone Addicts Open Apps up to 60 times a day" revelam que o consumidor pode olhar até 150 vezes por dia para a tela do celular, enquanto abre aplicativos até 60 vezes por dia.
Portanto, a utilização de mídias sociais como Facebook, Instagram, Twitter, Youtube e Pinterest pode performar muito bem com o consumidor final e elas precisam ter gestão frequente. É por meio destes canais que podemos especializar o público, segmentar o conteúdo e criar um vínculo de relacionamento com o consumidor.
Nem todo consumidor está determinado a comprar um produto e é neste momento que a gestão de mídias sociais pode ajudar. O social media deve criar conteúdos capazes de suprir as necessidades de informação e que, ao mesmo tempo, satisfaçam todas as dúvidas do consumidor referente ao produto, para que ele se torne determinado a realizar a compra. Ações Inbound (funil de compra), ou seja, que preparam o consumidor para que haja uma conversão, cabem dentro de estratégias de mídias sociais. É o momento correto de preparação do consumidor com conteúdo, principalmente para evitar devoluções e trabalhar produtos com o ticket médio maior.
Por isso, além de planejar todo o conteúdo que será trabalhado por meio das redes sociais, é preciso pensar também na maneira com que estes conteúdos performarão nas plataformas desktop e, principalmente, mobile. Na estruturação de ações, o remarketing (produtos do interesse do consumidor que aparecem em banners), ou seja, é uma arma poderosa, entretanto, deve ser mensurado para não ser algo que persiga o consumidor de modo agressivo. Caso contrário, o mesmo se sentirá intimidado pela marca e as chances de que ele feche algum negócio diminuem.
Para quem prefere trabalhar com Facebook, a utilização da estratégia de Look Alike (estratégia de público semelhante) é uma solução. Além de conseguir segmentar seu público, com o recurso, é possível, por meio de uma base de cadastros, trabalhar com o perfil semelhante às pessoas que são engajadas e consumidoras fiéis da sua marca.
O profissional que cuidará da gestão de mídias sociais também deve ser uma pessoa engajada em assuntos do momento e utilizar de ícones culturais como memes, gifs e hashtags mais consumidos e utilizados diariamente pela cultura de massa. Dependendo da segmentação de público, estes fatores são atrativos perfeitos nas mídias. Além de utilizar uma linguagem mais coloquial, próxima ao consumidor, o social media consegue realizar com sucesso uma captação de leads qualificados com campanhas de cadastro.
Se o investimento é baixo para uma publicidade na televisão, por exemplo, usar as redes sociais pode ser uma alternativa de baixo custo, já que o Youtube é o segundo canal de maior audiência atualmente. Por meio das redes sociais o social media consegue planejar campanhas de engajamento e conversão para melhorar a performance do seu e-commerce. Vale a pena direcionar investimentos e esforços para as plataformas do futuro.
Rubens Castro, analista de Mídias Sociais da CentralAr.com.