MP 495, que prioriza tecnologia desenvolvida no Brasil, racha a Abinee

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A Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (Abinee) não tem uma posição oficial sobre o assunto que mais tem preocupado a indústria de telecom: a MP 495, editada em julho e que altera as regras de contratação da Lei 8.666/93. A medida dá ao governo a possibilidade de realizar licitação restrita a produtos e serviços produzidos e desenvolvidos no Brasil, o que poderá deixar as multinacionais de fora das compras da Telebrás, um mercado de R$ 6 bilhões até 2016.
O não posicionamento da entidade em um assunto tão importante se explica pelo fato de que dentre as associadas estão as companhias nacionais, reunidas em torno do Grupo de Empresas Nacionais de Tecnologia, o Gente. Houve uma reunião há menos de duas semanas com representantes do grupo Gente, que é formado por Padtec, CPqD, Trópico, AsGa, Icatel, Gigacom, Datacom, Digitel e Parks, e o grupo de telecomunicações da Abinee. Nessa reunião, as companhias nacionais não abriram mão da defesa da MP.
A ideia da Abinee, que também representa empresas multinacioniais do setor eletro-eletrônico, inclusive de telecomunicações, era tentar barrar a MP no Congresso, já que até novembro ela precisa ser votada. Mas como a associação só age quando há consenso, a posição contrária das associadas do Gente paralisa a Abinee. Em entrevista à revista TELETIME de setembro, Aluizio Byrro, chairman da Nokia Siemens e vice-presidente da Abinee, comentou os impactos da MP 495/2010 para o setor de telecomunicações. A íntegra da entrevista está disponível na homepage do site TELETIME.

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