A Polícia Civil prendeu quatro pessoas no Distrito Federal e três em São Paulo suspeitas de participar de um esquema de fraudes de cartões de crédito e de débito com chip. Dois suspeitos de chefiar a quadrilha estão foragidos. Entre os detidos na capital federal, dois eram funcionários de uma operadora de cartão de crédito.
A operação ocorreu na manhã desta terça-feira, 6, paralelamente em São Paulo, Rio de Janeiro e estados do Nordeste. Ao todo, 140 policiais participam da operação. Segundo a Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes (Corf), da Polícia Civil, o golpe, além do Distrito Federal e São Paulo, era aplicado no Rio de Janeiro e em todos os estados do Nordeste. A investigação durou 11 meses.
Técnicos de uma empresa de manutenção instalavam chips nas máquinas de pagamento do comércio para transmitir, por meio de conexão sem fio Bluetooth, dados dos cartões para os celulares dos fraudadores. Com isso, segundo a polícia, os suspeitos tinham acesso às senhas, código de segurança e data de validade dos cartões. Com os dados obtidos, o grupo fazia compras pela internet e confeccionava outros cartões de créditos.
Somente em Brasília a polícia identificou 2 mil ocorrências. Segundo o delegado-chefe da Corf, Jeferson Lisboa, o prejuízo é milionário e, até o momento, incalculável. "Eles captavam todos os dados do chip do cartão de crédito das vítimas via Bluetooth. Um sistema muito sofisticado", explicou.
Ao todo, participam da operação 45 agentes da Polícia Civil do DF em São Paulo e 40 no DF. Na capital paulista, a equipe conta ainda com o apoio da Polícia Civil de SP, com mais de 50 servidores.
