O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e o Ministério da Educação (MEC) publicaram portaria conjunta nesta quinta-feira, 7, no Diário Oficial da União, que eleva em 40% o preço do notebook do programa "Computador Portátil por Professor", lançado em julho do ano passsado. Com isso, o preço do laptop, que na época foi definido em R$ 1 mil, passará a ser de R$ 1,4 mil.
De acordo com os órgãos do governo, o aumento decorre dos impactos da crise financeira mundial, que fez o câmbio oscilar fortemente, aumentando os custos dos equipamentos de informática e impossibilitando a efetiva implantação do preço por unidade estipulado no lançamento projeto.
Analistas ouvidos pela reportagem de TI INSIDE Online observam que o aumento de preço nesse patamar não foi comum no mercado, principalmente nas redes varejistas que vendem notebooks, como Extra, Submarino, Americanas, entre outros. Assim, ao elevar o valor do equipamento do programa, o governo praticamente o iguala a alguns modelos que são vendidos no varejo, mas em até 12 vezes sem juros.
Inicialmente, o programa será testado em 64 cidades do país que fazem parte da Rede de Aprendizagem e que obtiveram maior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) com base no ano de 2007. Em seguida, o programa será implantado em todas as capitais e posteriormente em todos os municípios. Ao todo, o programa deve atender cerca de 3,4 milhões de professores do ensino básico.
Os fornecedores e modelos dos computadores ainda não foram definidos pelo governo e as empresas interessadas terão de fazer o credenciamento no site do MCT.
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