Ao mudar de empresa, Fernando Baldin, atualmente country manager da AutomationEdge, foi até a Índia para entender mais do negócio da companhia e poder acompanhar o mercado daquele país e seu estágio de maturidade tecnológica em relação ao Brasil. Ele compartilhou sua percepção em relação a adoção da automação naquele país na 3ª edição do RPA – Robotic Summit nesta terça-feira,6.
"Meu objetivo era conhecer o ecossistema de automação da Índia, que apesar de ter 40% do território do Brasil possui uma população 6 vezes maior, cuja principal característica de educação está na formação acadêmica de excelência e cultural muito diferente de nós dos países latino-americanos", ressaltou Baldin.
Conforme comentou Baldin, a transformação da TI é o mais importante no processo de automação, "o RPA sozinho não muda os processos de negócios. O ato humano aliado ao digital é que permitirá a companhia seguir em sua transformação digital".
"Durante minha viagem conversei com muitos clientes de grandes empresas indianas e o que mais ouvi nessas conversas foi que a experiência do cliente era fundamental no processo de automação, mais até que a utilização interna e as facilidades que o RPA poderia garantir", explicou.
Como comparação Baldin explica que o RPA veio fechar o gap entre a experiência do cliente e a otimização interna de processos. Além disso, como ressaltou o executivo algumas características peculiares das empresas indianas, são relevantes como experiência para o desenvolvimento de projetos aqui no brasil, tais como: geração de relatórios diários em qualquer meio para acompanhamento dos negócios; utilização em qualquer tipo de plataforma ( desktop, mainframe, web etc), em qualquer linguagem e formato ( word, excel, PDF etc)
"Uma das conclusões a que cheguei remete diretamente ao Project Management – a gerência dos projetos não envolvido nas áreas usuárias que pode determinar com mais precisão os caminhos a serem seguidos. Em segundo lugar, que o número de Bots não significa a maturidade do projeto e que deve haver uma priorização entre os critérios de negócios e os critérios técnicos para se chegar a um projeto bem sucedido", assegurou o executivo.
"No Brasil ainda estamos alguns passos atrás do que está sendo feito hoje no mercado indiano, entretanto o que estão fazendo hoje poderá nos guiar para os projetos futuros e tudo que fazemos nos levará a um outro estágio que já está sendo implantado na Índia como a tecnologia de Disaster Recovery. Além disso, como resultado vi que a capacitação de pessoal, as regras e as boas práticas com uma comunicação clara entre todas as esferas do business levarão a projetos bem sucedidos e com os melhores resultados", concluiu.